Economia

Wall Street fecha em alta graças ao apaziguamento da tensão comercial China-EUA

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, depois de uma sessão hesitante, com os investidores encorajados pelo apaziguamento das tensões comerciais entre Washington e Pequim.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,44 por cento, para os 24.748,73 pontos.

O alargado S&P500 progrediu 0,33 por cento, para as 2.682,20 unidades, e o tecnológico Nasdaq subiu um ínfimo 0,01 por cento, para encerrar nas 7.082,70.

Os investidores acolheram inicialmente de forma fria as declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, em que assinalou a sua vontade de manter uma posição firme face a Pequim.

Estas afirmações foram feitas a alguns dias de uma cimeira dos dirigentes do grupo das 20 principais economias (G20), na qual Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping, vão participar.

Mas “os atores do mercado acabaram por aí ver sobretudo uma nova tática negocial de Donald Trump”, segundo Karl Haeling, da LBBW.

Esta impressão foi reforçada quando o principal conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que Trump considerava que existia uma “boa probabilidade” de alcançar um acordo comercial com a China, sob algumas condições.

“Mesmo que a possibilidade de um acordo real durável entre Washington e Pequim parece reduzir-se, os investidores parecem estar a preparar-se para, pelo menos, um acordo simbólico”, estimou Haeling.

Por outro lado, as afirmações de Trump influenciaram diretamente as ações de duas empresas.

Uma, a Apple, desceu 0,22 por cento, depois de Trump ter indicado, na segunda-feira à noite, que poderia taxar os iPhone ou os computadores portáteis fabricados na China.

A outra, a General Motors, acentuou as suas perdas, com uma descida de 2,55 por cento, depois de o Presidente norte-americano ter ameaçado “suprimir todos os subsídios” concedidos ao construtor automóvel, no dia seguinte a este ter anunciado a eliminação de milhares de postos de trabalho.

Por outro lado, as afirmações do vice-presidente da Reserva Federal (Fed), Richard Clarida, foram acolhidas com prudência.

Com efeito, Richard Clarida, apesar de evidenciar a solidez da economia, insistiu, durante um discurso, na necessidade de a Fed se apoiar em indicadores para tomar as suas futuras decisões, designadamente sobre as taxas de juro.

“Foi como se quisesse ao mesmo tempo perpetuar o discurso do Comité de Política Monetária [da Fed] a favor de uma subida gradual das taxas de juro, mas mantendo a porta aberta a uma possível diminuição” do ritmo destas subidas, avançou Haeling.

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