A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com o Dow Jones e o Nasdaq próximos dos seus recordes, dopada por resultados trimestrais positivos de empresas importantes da praça e informação sobre as negociações comerciais sino-norte-americanas.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,65 por cento, para os 27.349,19 pontos.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq subiu 0,58 por cento, para as 8.251,40 unidades.
Já o alargado S&P500 apreciou 0,68 por cento, para os 3.005,47 pontos.
“Os bons resultados de empresas divulgados até agora afastam os temores de uma retração económica. É um sinal de que a economia não está tão fraca como alguns consideram”, estimou Karl Haeling, da LLBW.
Hoje, a Coca-Cola anunciou resultados sólidos no segundo trimestre, a subida dos preços das suas bebidas e o aumento dos volumes de vendas das sodas, que lhe permitiram contrariar as consequências negativas de um dólar forte. A empresa fechou o dia a subir 6,1 por cento em Wall Street.
O conglomerado industrial norte-americano United Technologies reviu em alta os seus objetivos financeiros anuais depois de ter superado as expetativas no segundo trimestre, devido ao aumento dos seus equipamentos aeronáuticos. O título ganhou 1,5 por cento.
Os investidores esperam agora pelos resultados trimestrais de vários grupos da tecnologia, como Amazon, Google e Facebook, que devem ser conhecidos ainda esta semana.
Entretanto, o próximo encontro entre dirigentes norte-americanos e chineses, anunciado em vários artigos de imprensa, apesar da as tensões entre os dois Estados continuarem fortes, reavivou as esperanças de um desanuviamento.
“Parece que os EUA estão dispostos a prolongar a duração das negociações”, realçou Haeling.
“Isso poderia querer dizer que mesmo que Washington e Pequim não cheguem a um acordo comercial no imediato, os norte-americanos não vão impor novas taxas”, acrescentou.
Os investidores estão a seguir com atenção o conflito comercial entre os EUA e a China na medida em que debilita o crescimento mundial.
Estas tensões persistentes são uma das razões pelas quais o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu hoje em baixa a sua previsão de crescimento da economia mundial em 2019.
O FMI prevê agora uma expansão de 3,2 por cento em 2019 e 3,5 por cento em 2020, o que é inferior em 0,1 pontos percentuais às previsões divulgadas em abril.
A bolsa nova-iorquina também reagiu com alívio ao compromisso entre republicanos e democratas sobre o Orçamento, que permite um aumento da dívida.
Este acordo, que ainda tem de ser aprovado pelo Congresso, afasta a possibilidade de uma paralisia dos serviços do Governo federal até à próxima eleição presidencial.