Economia

Wall Street fecha em alta com recordes do S&P500 e Nasdaq

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, com novos recordes do Nasdaq e S&P500, índices dopados pela divulgação de resultados superiores ao previsto da Google e fusão entre a Sprint e a T-Mobile.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq ganhou 1,11 por cento, para os 8.330,21 pontos, e o alargado S&P500 progrediu 0,74 por cento, para os 3.025,85.

Já o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,19 por cento, para as 27.192,45 unidades.

O Nasdaq e o S&P500 já tinham superado os seus máximos históricos na quarta-feira, depois de uma série de resultados trimestrais considerados encorajadores pelos investidores.

Na sexta-feira, a Alphabet, ‘holding’ da Google, viu a sua ação valorizar 9,6 por cento, depois de o conglomerado ter divulgado um lucro próximo de 10 mil milhões de dólares (nove mil milhões de euros) no segundo trimestre.

Também a ação da Starbucks teve uma forte subida, de 8,94 por cento, depois de a empresa ter divulgado resultados superiores às expectativas.

Outra notícia recebida com agrado pelos investidores foi a fusão entre os operadores telefónicos Sprint et T-Mobile, avaliada em 26 mil milhões de dólares, que foi aprovada hoje pelo Departamento de Justiça.

O novo grupo promete uma cobertura ampla do território em tecnologia 5G. no final do dia, o título da Sprint progrediu 7,4 por cento e o da T-Mobile 5,4 por cento.

Por outro lado, os investidores não pareceram muito afetados pelas ameaças de represálias comerciais feitas por Donald Trump à França e a alguns membros da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O presidente norte-americano dirigiu-se ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, insultando-o de “estúpido” e ameaçando taxar o vinho francês como represália à imposição de uma taxa francesa sobre os grupos norte-americanos da tecnologia.

Trump também exigiu que a OMC resolvesse o problema dos países membros que, na sua opinião, usurpam o estatuto de país em desenvolvimento para conseguir vantagens económicas, a começar pela China.

“Não creio que se trate de uma nova escalada” entre Washington e Pequim, considerou Art Hogan, da National Holdings.

Na opinião deste investidor, esta situação “é menos importante que as discussões diretas da próxima semana”, estimou.

Os principais negociadores comerciais norte-americanos e chineses devem reunir na próxima semana, em Xangai, para uma primeira reunião do género desde a paragem das discussões bilaterais, no início de maio.

No radar dos investidores esteve também a Reserva Federal (Fed) dos EUA, que deve anunciar uma descida das taxas de juro de referência no final da próxima reunião do seu comité de política monetária, em 30 e 31 de julho.

“Três questões devem reter a atenção dos investidores na próxima semana: as negociações comerciais com a China, a decisão da Fed e os resultados de empresas”, resumiu Hogan.

Os recordes atingidos nos últimos dias “são uma combinação destes três fatores, que, de momento, têm tido mais consequências positivas do que negativas”, acrescentou.

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