Economia

Wall Street fecha em alta com o S&P500 a estabelecer um novo máximo

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com o índice S&P500 a fixar um novo máximo, no início de uma semana rica em acontecimentos económicos, incluindo uma reunião da Reserva Federal e resultados de empresas e indicadores económicos.

Este índice alargado, considerado pelos investidores como o mais representativo, valorizou 0,55 por cento, para acabar nos 3.039,24 pontos.

Já o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,49 por cento, para as 27.089,16 unidades, enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 1,01 por cento, para as 8.325,99.

Os índices foram ajudados por sinais positivos, provenientes tanto de Pequim como de Washington na frente das negociações comerciais, com a China a afirmar no sábado que as discussões estavam bem encaminhadas e o Presidente norte-americano a deixar entender que a assinatura de um acordo poderia ocorrer antes da cimeira do Fórum Económico Ásia – Pacífico, em meados de novembro.

O seu desempenho foi também apoiado, segundo Karl Haeling, da LBBW, pelos novos desenvolvimentos sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o designado Brexit, bem como pelas compras automáticas desencadeadas pelo estabelecimento de um novo recorde pelo S&P500.

Mas, de forma geral, “os investidores pareceram dizer que a combinação de políticas monetárias mais acomodatícias um pouco por todo o lado, desde logo nos EUA, com os avanços em direção a um acordo comercial permite pelo menos evitar uma nova subida das tarifas alfandegárias, o que poderia permitir à economia internacional de se estabilizar”, considerou.

“Isto representa um forte contraste com este verão, quando os investidores receavam uma recessão repentina”, acrescentou este analista.

A mudança de tendência viu-se também no mercado obrigacionista, onde o rendimento proporcionado pela dívida pública dos EUA a 10 anos subiu, dos 1,794 por cento do fecho de sexta-feira para os 1,842 por cento de hoje, sinal de que este ativo, visto como refúgio em momentos de crise, é menos desejado.

Nos próximos dias, mos investidores vão estar com atenção particular à reunião do comité de política monetária da Reserva Federal (FOMC, na sigla em Inglês), que decorre na terça e quarta-feira.

A quase totalidade dos intervenientes no mercado espera que o banco central norte-americano desça a sua taxa de juro diretora pela terceira vez este ano, para apoiar a atividade económica, enfraquecida pelo conflito comercial com a China.

A época de resultados permanece, por seu lado, no radar dos investidores, bem como os numerosos indicadores de primeira plano que vão ser divulgados durante a semana, casos do produto interno bruto dos EUA no terceiro trimestre, esperado para quarta-feira, e o relatório mensal sobre o emprego, previsto para sexta-feira.

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