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Volume de depósitos sob reserva do banco central angolano há três meses em queda

O volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos sob reserva do Banco Nacional de Angola (BNA) voltou a cair em julho, quase dois por cento, a terceira quebra mensal consecutiva.

Segundo dados preliminares do BNA sobre o panorama monetário angolano, compilados pela agência Lusa, estas reservas obrigatórias desceram em julho para 1,083 biliões de kwanzas (3.480 milhões de euros).

Trata-se de uma quebra de 1,8 por cento face a junho, mês em que estas reservas já tinham caído cerca de 3 por cento, face ao anterior.

Em causa nestes dados estava a obrigatoriedade de os quase 30 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do BNA, que fixou taxas de 15 por cento do total em moeda estrangeira e 30 por cento em moeda nacional.

Em maio, o banco central voltou, novamente, a reduzir o coeficiente das Reservas Obrigatórias, em moeda nacional, de 21 por cento para 19 por cento.

Os depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos tinham renovado em abril o valor mais alto do histórico disponibilizado pelo BNA, ao atingirem o pico de 1,170 biliões de kwanzas (3.716 milhões de euros).

Em dezembro de 2017, o volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira cifrava-se em 1,090 biliões de kwanzas (5.850 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de dezembro, anterior à depreciação do kwanza, que já soma 40 por cento desde o início deste ano).

Na denominada “reserva bancária” contavam-se no final de julho de 2018 depósitos obrigatórios em moeda estrangeira no valor de 292.029 milhões de kwanzas (938 milhões de euros) e em moeda nacional de 791.790 milhões de kwanzas (2.543 milhões de euros), estando os restantes em regime de reserva livre.

Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflete ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.

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