Durante anos, a Volkswagen fez vista grossa aos avisos de fornecedores, sobre os mecanismos de falseamento de dados sobre emissões de gases. A Greenpeace publicou um vídeo em… 2011. Quatro anos depois, dá-se o escândalo. Recorde esse registo.

A associação ambientalista alertou, há quatro anos, para a política da Volkswagen, acusando a marca alemã de se opor à legislação europeia. A luta da Greenpeace foi permanente, mas ganha atualidade porque se enquadra com o escândalo que envolve a marca.

Mas há mais novidades neste caso, que nos obrigam a viajar no tempo. Segundo o jornal alemão Bild, a Bosch terá produzido um dispositivo, em 2007, alertando a Volkswagen que o mesmo serviria apenas para testes e que o uso para fins de homologações de níveis de emissões de gases seria proibido.

Outro jornão alemão, o Allgemeine Sonntagszeitung Frankfurter, revela também que um funcionário da Volkswagen advertira em 2011 que o software usado não cumpria as leis em vigor.

Também a Greenpeace colocou este tema na sua agenda e divulgou um vídeo, nesse mesmo ano, onde avisava para os procedimentos da marca de automóveis.

“A Volkswagen opõe-se à legislação europeia de que nós necessitamos, na nossa missão de salvar o Planeta das alterações climáticas. Mas nem tudo está perdido. Ajude-nos a afastar a Volkswagen do lado obscuro”, pode ler-se, na descrição do vídeo.

Na altura, a Greenpeace criou um site com o endereço vwdarkside.com e convidava as pessoas a juntar-se à “rebelião”.

Nesse mesmo espaço online, os ambientalistas alertavam para as emissões de CO2 e apontavam o dedo à Volkswagen e às marcas que resistiam em acatar as regras europeias. E quatro anos depois, dá-se o escândalo que está na atualidade.

Recorde-se que a Volkswagen está mergulhada num escândalo, ao afmitir que cerca de 11 milhões de automóveis a diesel produzidos estão equipados com dispositivos que acionam os controlos dos níveis de poluição na fase de testes, mas que se desligam no momento em que o automóvel circula.

Veja o vídeo da Greenpeace publicado no YouTube em 2011.