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Vídeo: Cremação que manda corpos pelo esgoto gera polémica

Um inovador tratamento mortuário está no centro de uma polémica no Reino Unido. Uma autarquia aprovou o licenciamento de um crematório que vai liquefazer os corpos dos mortos, despejando depois o líquido nos esgotos.

A autarquia de Sandwell, em Inglaterra, autorizou a construição de resomatório, uma câmara de cremação que funciona à base de água.

O processo tem o nome de “cremação sem chamas”. O corpo da pessoa falecida é posto numa solução altamente alcalina, sendo cremado pelo aquecimento dessa solução até aos 152 graus Celsius. As cinzas dos ossos são entregues à família, o resto do corpo vai… pelo cano do esgoto.

É neste ‘pormenor’ que reside a contestação ao projeto da empresa Resomation. Embora seja entregue uma urna com as cinzas, a maioria do cadáver, depois de tornado líquido, vai pelo saneamento até aos rios ou mar.

“Temos algumas preocupações sobre como a sociedade vai aceitar isto”, admitiu um porta-voz da empresa estatal que gere a rede de saneamento: “São os restos mortais liquefeitos a circular pela rede, não sabemos como as pessoas vão reagir a esta ideia”.

A cremação sem chamas é apenas uma aceleração do processo ‘normal’ de composição, tenta explicar a Resomation: “É semelhante ao enterro, mas em vez da decomposição levar 15 ou 20 anos ocorre muito mais rápida”.

Todo o processo demora menos de quatro horas. O corpo, anteriormente pesado, é posto numa câmara com água e químicos, numa proporção que varia consoante o peso do cadáver. O aquecimento dessa solução, altamente alcalina, leva à desintegração por hidrólise alcalina, cujo custo é bastante inferior ao da cremação ‘normal’.

Só uma pequena parte do corpo ‘sobra’ como cinza, entregue depois aos familiares: a maioria dos restos mortais, agora no estado líquido, vão pelo esgoto abaixo…

A empresa começou a operar no Canadá, onde diz ter mais de 200 resomatórios a funcionar.

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