https://www.youtube.com/watch?v=TUSJrJTcOwY A pequena Ashlyn Julian, com três semanas de vida, sofreu um aneurisma que iria provocar-lhe a morte. A hemorragia cerebral foi travada através de um procedimento médico notável, na Hospital da Universidade de Kansas (EUA), com uso de uma “supercola estéril”. Ashlyn está a recuperar na unidade de cuidados intensivos.
Uma bebé com pouco mais de três semanas de vida, Ashlyn Julian, está a recuperar de uma rara cirurgia, na unidade de cuidados intensivos do Hospital da Universidade de Kansas (EUA), depois de um aneurisma quase fatal, que rompeu duas vezes e quase lhe tirou a vida.
A operação nunca tinha sido feita naquela unidade – e provavelmente em todo o mundo – e seria a derradeira tentativa de evitar a morte da bebé. “Se os médicos não agissem deste modo, o bebé iria certamente morrer”, revela o neurocirurgião Koji Ebersole, que participou na intervenção cirúrgica de colocação da supercola, ao lado do médico neurorradiologista Alan Reeves.
Por regra, este tipo de hemorragias cerebrais é tratado através de cirurgia com abertura do crânio. No entanto, dada a idade da paciente em causa, a perda de sangue seria fatal. Através da indução de um cateter no cérebro, colocou-se a supercola que estancou a hemorragia.
Primeiro, Reeves conseguiu detetar os vasos sanguíneos minúsculos de Ashlyn. A seguir, Ebersole conduziu uma gota de supercola estéril para o cérebro, através de instrumentos do tamanho de um lápis e com a espessura de um fio de cabelo humano. Aquele composto permitiu que a hemorragia cerebral do bebé fosse estancada.
O caso de Ashlyn não é único, mas é muito raro. Contam-se, na história da medicina, apenas 17 histórias semelhantes, em bebés com menos de um mês de vida. Segundo revela o neurocirurgião Koji Ebersole, é muito provável que este procedimento seja inédito.