Um dos fundadores do Twitter, Jack Dorsey, é o novo presidente executivo da empresa. Quatro meses após assumir interinamente a função, Dorsey terá de provar que consegue fazer crescer a rede social em tempos difíceis, depois da perda de um terço do valor com a entrada em bolsa.

O Twitter está a demorar a crescer, mesmo com mais de 300 milhões de utilizadores mensais, e as mudanças continuam. Quatro meses após ter assumido as funções de presidente interino, Jack Dorsey foi formalmente empossado presidente executivo.

Dorsey, que foi um dos fundadores da rede social, está há quatro meses a tentar fazer o que o anterior presidente, Dick Costolo, não conseguiu: rentabilizar uma empresa que, desde a entrada em bolsa (novembro de 2013), perdeu um terço do valor.

O principal adversário do Twitter tem sido a inovação nas formas de comunicação, com as novas apps para smartphones e tablets, como o Instagram, o WhatsApp (ambas compradas pelo Facebook) e o Snapchat, a conquistarem rapidamente e a consolidarem uma larga quota de mercado.

Famoso pelo limite de 140 caracteres nas mensagens de texto (que vai passar para os 10 mil), o Twitter chamou um dos fundadores que, pelos critérios definidos pela própria empresa, não serve como presidente executivo. Jack Dorsey criou e tem dirigido a Square, uma empresa de pagamentos móveis, e o Twitter queria um responsável a tempo inteiro.

Como ‘castigo’, Dorsey não vai receber salário na rede social que ajudou a fundar.

“O nosso trabalho daqui para a frente é fazer o Twitter fácil de compreender por qualquer pessoa num mundo e dar mais utilidade às pessoas que adoram usá-lo diariamente”, adiantou o novo presidente executivo da empresa, após a confirmação oficial.

Uma “utilidade” que esbarra no código linguístico usado no Twitter, que surgiu para contornar o famoso limite de 140 caracteres. É como que uma língua estrangeira, composta por termos próprios e abreviaturas difíceis de decifrar para um utilizador que tenha acabado de criar uma conta.