Economia

Tripulantes de cabine da TAP chumbam proposta salarial e de Acordo de Empresa

Os tripulantes de cabine da TAP chumbaram as propostas da transportadora aérea de aumentos salariais e do novo Acordo de Empresa (AE), em assembleia geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

Segundo fontes e documentos consultados pela agência Lusa, os tripulantes recusaram a proposta de atualização salarial entre 2018 e 2023 de 15,5 por cento, que incluiria ainda uma correção da inflação e a repartição anual de 1,5 por cento de lucros líquidos a partir de 2021. Para 2018, a proposta de aumento era de 6 por cento.

Contactados pela Lusa, SNPVAC e TAP escusaram-se a comentar estes chumbos em assembleia geral, havendo, porém, informações de uma reunião entre as duas partes.

Na proposta do novo AE dos tripulantes da TAP foram inscritas nomeadamente prazos para integrar o quadro efetivos, clarificação de carreiras profissionais e um “programa de Reformas Antecipadas para trabalhadores com mais de 60 anos, cujas respetivas condições serão anunciadas até julho de 2018”.

“Está igualmente a ser avaliada a possibilidade de estender esta medida a trabalhadores a partir dos 55 anos de idade, em consequência da nossa pretensão em sermos considerados uma profissão de desgaste rápido”, lê-se na documentação enviada aos associados do SNPVAC, a que a agência Lusa teve acesso.

A proposta trata ainda de matérias como férias, folgas, parentalidade e família.

Em abril, a atualização salarial dos pilotos passou a prever aumentos de 5 por cento este ano e no próximo, de 3 por cento em 2020 e de 1 por cento em 2021 e 2022, mais a correção da inflação estimada em 9,4 por cento.

O acordo prevê ainda para os próximos cinco anos uma revisão das anuidades, subsídio de turnos, subsídio de refeição e subsídio de certificação.

Já este mês, também o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) informou ter fechado um acordo de atualização salarial com a TAP para os próximos cinco anos, que prevê um aumento de 5 por cento este ano e, pelo menos, 7 por cento nos quatro anos seguintes.

A TAP é detida em 50 por cento pelo Estado, através da Parpública, em 45 por cento pelo consórcio da Atlantic Gateway e em 5 por cento pelos trabalhadores.

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