Um exame ao sangue permite antecipar a presença de Alzheimer em idosos saudáveis. Trata-se de uma análise a gorduras associadas aos primeiros sinais da doença. Esta descoberta, de investigadores norte-americanos, permite detetar a doença três anos antes de a mesma se manifestar.
A doença de Alzheimer pode ser diagnosticada três anos antes de os primeiros sinais a denunciarem. Através de uma análise ao sangue, torna-se possível detetar gorduras que estão ligadas ao aparecimento deste problema de saúde.
Os investigadores norte-americanos autores deste exame sanguíneo garantem uma taxa de fiabilidade de 90 por cento. Idosos saudáveis podem perceber se irão padecer da doença, nos três anos seguintes, o que pode antecipar o processo de tratamento do mal de Alzheimer.
Esta descoberta resulta de uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine, neste domingo. De acordo com os autores do trabalho, os médicos devem agora reformular o modo como encaram o tratamento.
“Este teste sanguíneo permite identificar pessoas em risco de declínio cognitivo progressivo, o que deverá alterar o modo como os médicos definem o tratamento dos doentes”, realça o autor do estudo, Howard Federoff, professor de neurologia da Georgetown University Medical Center (EUA).
O exame sanguíneo proposto pela equipa de Howard Federoff identifica a presença de dez lípidos associados ao emergir de Alzheimer. Para a realização do estudo, foram analisadas, ao longo de cinco anos, 525 pessoas com mais de 70 anos.
