Economia

Taxa sobre depósitos bancários: Governador do BdP insiste que medida não se aplica a Portugal

“Os bancos estão a contabilizar imparidades que amanhã podem, ou não, vir a concretizar-se, pelo que é uma forma previdente de calcular riscos futuros. Mais vale prevenir do que remediar”, reforçou o supervisor da banca, insistindo que “uma parte daqueles valores” de prejuízos anunciados pelos próprios bancos “refletem uma atitude de reflexão”: “quanto mais pró-ativos forem, menores são as hipóteses de haver imprevistos”.

Uma “reflexão” que também é precisa para reformular o mercado de trabalho, com Portugal a ter “um sistema dual, com contratos permanentes e os outros”, explicou Carlos Costa: “sem correr o risco de cair no vício do contrato permanente, há que imaginar um novo contrato com muito mais flexibilidade e muito mais qualidade do que o contrato a prazo, que permita garantir uma relação estável, mas também não constitua um retorno ao passado”.

Até porque “os outros são cada vez mais numerosos”, recordou: “são os que não obtêm um contrato permanente. São os mais jovens, e uma juventude que já começa a ultrapassar os 30 anos. Temos que dar a esta gente a estabilidade necessária para que possa investir na aquisição de conhecimentos e temos que dar às empresas a estabilidade que é necessária para que possam investir nos seus colaboradores”.

A taxa de desemprego recorde, de 17,7 por cento, também foi analisada pelo governador do BdP: “trata-se de uma realidade que tem que ser rapidamente atacada”.

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