Pílula que reúne quatro medicamentos (dois de combate à hipertensão, um contra o colesterol e a aspirina) permite evitar problemas cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado, prevenindo acidentes vasculares cerebrais (AVC) sobretudo em pessoas com mais de 50 anos de idade.
Não é um elixir da juventude, mas este medicamento, chamado de “polipílula”, permite a pessoas com idades avançadas apresentar níveis de colesterol e circulação sanguínea de um jovem. O medicamento, que resulta de um trabalho de investigação da Universidade Queen Mary, localizada em Londres, consegue combater problemas cardíacos e evita entupimento de vasos sanguíneos, responsáveis por acidentes vasculares cerebrais.
O novo e inovador medicamento mostrou-se muito eficaz em pessoas com idades avançadas, num mínimo de 50 anos. A ‘polipílula’ reduz a hipertensão em cerca de 12 por cento e o colesterol maléfico (ldl) em cerca de 39 por cento. Estes são os principais fatores de risco, que provocam doença cardiovasculares ou AVC.
Este medicamento que concentra quatro fármacos benéficos para o coração revelou ser um poderoso inimigo dos problemas cardiovasculares, de acordo com os investigadores da Universidade Queen Mary.
Acontece que as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte em todo o mundo e resultam de problemas como a hipertensão, ou elevados níveis de colesterol – a ‘doença silenciosa’ capaz de provocar a morte.
Neste estudo, os investigadores britânicos analisaram 85 pacientes com mais de 50 anos de idade, todos eles com um ponto em comum: um histórico de doenças cardiovasculares. Ao longo de três meses, foi ministrada em metade destes pacientes doses de placebo, sendo que todos os outros receberam este supermedicamento.
O resultado foi um adiamento de acidentes cardiovasculares em 28 por cento dos pacientes sujeitos ao tratamento com a pílula ‘mágica’. Este grupo de pacientes registou problemas cardíacos ou hipertensão anos mais tarde do que os restantes.
“Os benefícios apresentados nos testes pelo medicamento são excessivamente notórios para serem desaproveitados. Estimamos que a toma desta pílula por parte de metade dos britânicos com mais de 50 anos permitirá evitar 94 mil ataques cardíacos e AVC por ano”, realça Nicholas Wald, investigador que trabalhou neste projeto.
