Após uma paragem de 400 dias, as obras do túnel do Marão deverão entrar num capítulo de rutura definitiva, uma vez que o Estado e a concessionária liderada pela Somague não conseguem estabelecer um acordo.
As obras do túnel do Marão deverão entrar num novo impasse, com a rescisão do contrato celebrado entre concessionária e o Estado, de acordo com o Jornal de Negócios. Em causa estará um alegado incumprimento por parte do Estado, nos compromissos estabelecidos pelo anterior Governo.
Em novembro do ano passado, a concessionária entrou em incumprimento junto dos financiadores, mas os acionistas logo trataram de colocar uma providência cautelar , a qual foi aceite em tribunal, impedindo desta forma de os bancos acionarem as garantias.
O jornal ainda avança que o capital da concessionária pode vir a ser tomado pelos bancos financiadores, fruto do crédito concedido, se estiver em causa a rescisão do contrato.
A solução estará nas mãos do Governo, levando em conta o risco do projeto e a degradação da relação da concessionária com o Estado português.
O projeto avaliado em 350 milhões de euros e visaria a construção do maior túnel da Península Ibérica, sendo que no total de 30 anos ultrapassaria os 456 milhões de euros.
O Governo já teve de pagar 200 milhões de euros e ainda inscreveu uma verba de 200 milhões de euros na reprogramação da QREN, montante este destinado para a finalização da obra.