Nas Notícias

“Sócrates mentiu, mentiu e tornou a mentir”, escreve ex-namorada Fernanda Câncio

Num artigo de opinião no Diário de Notícias, Fernanda Câncio, ex-namorada de José Sócrates, escreve que o antigo primeiro-ministro “urdiu uma teia de enganos”, “mentiu, mentiu e tornou a mentir”.

No texto, publicado nesta segunda-feira, Fernanda Câncio cita Sócrates, que disse que “isto ultrapassou os limites do razoável”. E dá-lhe razão: “Ultrapassou todos os limites”.

A ex-namorada de Sócrates realça que o antigo primeiro-ministro “urdiu uma teia de enganos. Mentiu, mentiu e tornou a mentir”.

José Sócrates “mentiu ao país, ao seu partido, aos correligionários, aos camaradas, aos amigos” e “mentiu bem”, “tão bem que conseguiu que muita gente séria não só acreditasse nele como o defendesse”.

Prosseguindo no mesmo registo, Fernanda Câncio salienta que Sócrates conseguiu fazer crer que era “perseguido e alvo de campanhas de notícias falsas, boatos e assassinato de caráter (que, de resto, para ajudar a mentira a ser segura e atingir profundidade, existiram mesmo)”.

E ao fazê-lo, prossegue, estava a “abusar da boa-fé dessas pessoas”, expondo-as “ao perigo de, se um dia se descobrisse a verdade, serem consideradas suas cúmplices”.

Fernanda Câncio termina o texto com mais acusações. Diz que a conduta de Sócrates é “chocante mas não surpreendente”.

É a conduta de “alguém com uma tal ausência de noção do bem e do mal, que instrumentalizou os melhores sentimentos dos seus próximos e dos seus camaradas e fez da mentira forma de vida não se pode esperar vergonha”.

A antiga companheira de Sócrates revela ainda que este “fingiu ante toda a gente que tinha fortuna de família”.

Quanto ao que se pode esperar daqui em diante, Fernanda Câncio questiona que de alguém que “fez da mentira forma de vida não se pode esperar vergonha”.

Acusado no processo ‘Operação Marquês’, José Sócrates aguarda decisões da justiça.

Em destaque

Subir