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Serviço Nacional de Saúde não vai comprometer a meta do défice, promete Passos Coelho

passos_coelhoO Serviço Nacional de Saúde tem uma dívida “bastante grande”, mas que é para pagar. A garantia foi deixada pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, que lamentou a “herança” deixada por anteriores governantes e que não pode ser “consolidada” em apenas “alguns meses”.

Primeiro foi uma fonte não identificada do Ministério da Saúde, agora o mais alto representante do Governo: a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é para ser paga. O primeiro-ministro, Passos Coelho, deixou a garantia de que o ‘buraco’ do setor não vai comprometer o objetivo do défice, pedindo tempo para que as “medidas” surtam efeitos.

Confrontado com o relatório do Tribunal de Contas, segundo o qual a dívida do SNS chega quase aos 3000 milhões de euros, o governante afiançou o objetivo de pagar em breve cerca de 1500 milhões das dívidas com mais de 90 dias: “é uma medida que vem sendo preparada praticamente desde o início do ano e que agora, com a publicação do Orçamento Retificativo, está em condições de ser executada e tem vindo já a ser executada”.

Passos Coelho, que se encontrava em Santarém a visitar a Feira Nacional de Agricultura, explicou que o pagamento será feito com o recurso às verbas que transitaram dos fundos de pensões da banca para o Estado. O problema, sublinhou, é que a despesa é “bastante grande” e, apesar de estar “consolidada”, não deixa de ser “uma herança que todo o país vai ter de gerir não apenas em alguns meses mas durante algum tempo mais”.

A ideia é “devolver à economia recursos que o Estado absorveu durante demasiado tempo”, de forma a que as entidades no setor da saúde ganhem “uma capacidade negocial maior nas contratações” futuras.

“Permite tornar todo o sistema de saúde mais sustentável financeiramente, que é uma coisa que todos os portugueses desejam”, complementou o primeiro-ministro, defendendo que o SNS tem de “prestar serviços de qualidade e, ao mesmo tempo, manter junto do tecido económico português uma relação saudável e não uma relação doentia de quem consome os recursos e depois não produz os devidos pagamentos”, com todas as consequências nefastas para a economia nacional.

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