O processo do conhecido site de partilha de ficheiros continua num impasse. Depois de ter sido autorizado a voltar à sua residência, é agora a vez da defesa de ‘Dotcom’ avançar com uma acusação, contra o FBI.

Kim Schmitz, o famoso programador alemão, criador do Megaupload, acusa o FBI de lhe ter roubado dados dos seus computadores em janeiro, altura em que foi detido na Nova Zelândia.

Segundo a defesa de ‘Dotcom’, alcunha por que é conhecido na Internet, esta é uma prática ilegal, visto que a lei obriga a que as provas sejam mantidas no país onde são descobertas, ou seja, os Estados Unidos não poderiam receber qualquer prova sem autorização dos responsáveis neozelandeses.

A equipa de advogados de defesa de Schmitz alega que a informação foi copiada de um total de 19 discos rígidos e enviada depois para a sede do FBI, nos Estados Unidos. De lá chega a resposta, a partir da Procuradoria-Geral, afirmando que esta lei só entra em vigor quando as provas são físicas, o que não acontece neste caso.

Entretanto, Kim Schmitz continua em prisão domiciliária a aguardar se é ou não extraditado para os Estados Unidos, onde as autoridades pretendem acusá-lo de violação de direitos de autor.

Recorde-se que Kim Schimtz, criador e um dos lideres do Megaupload, foi detido pelo FBI a 20 de janeiro passado, juntamente com mais seis pessoas na Nova Zelândia, e é agora acusado de violação de direitos de autor e enriquecimento ilícito. Só em 2010, estima-se que ‘Dotcom’ tenha metido ao bolso qualquer coisa como 42 milhões de dólares. Imagens encontradas na Internet mostram mesmo o programador informático a bordo de aviões particulares, entre outros luxos. Desde 2005, ano em que o Megaupload foi lançado, estima-se que Kim tenha lucrado cerca de 175 milhões de euros com o site.