Mundo

Secretário-geral da OEA considera ilegítima transição no poder em Cuba

A transição no poder em Cuba, com Miguel Diaz-Canel a substituir Raul Castro na Presidência da ilha comunista, “é ilegítima”, considerou o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA).

“A vitória da ditadura sobre a liberdade não se chama revolução. A sucessão presidencial à qual assistimos em Cuba é uma tentativa de manutenção de um regime autocrático dinástico e familiar. A isso chama-se uma ditadura”, afirmou Luis Almagro, na quinta-feira, em comunicado.

A eleição de Diaz-Canel pela Assembleia Nacional “decorreu sem a livre expressão do povo cubano”, acrescentou no documento, com o título “Cuba, uma transição ilegítima”.

A chegada de Diaz-Canel ao poder “significa décadas de falta de democracia e de violações dos direitos humanos e de liberdades fundamentais”, escreveu o secretário-geral da OEA.

“Em 2018, um regime que prende e cala opositores e dissidentes (…) não pode ser considerado um sistema cuja prática política é aceitável”, declarou o responsável, para quem as ações do regime [cubano] têm sido extremamente negativas para a estabilidade e segurança regionais”.

No ano passado, Luis Almagro foi convidado a visitar o país para receber um prémio em memória do dissidente cubano Oswaldo Payá, morto em 2012, mas as autoridades negaram-lhe o visto.

“Número dois” do regime cubano, Miguel Diaz-Canel foi eleito na quinta-feira para suceder ao atual Presidente Raul Castro, pondo fim a cerca de seis décadas de poder dos irmãos Castro em Cuba.

Designado como o único candidato, este civil de 57 anos foi confirmado pelos parlamentares por um período renovável de cinco anos, com 603 votos dos 604 possíveis, ou 99,83 por cento dos votos, informou o Cubadebate, o portal oficial cubano na Internet.

Em destaque

Subir