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Rui Pinto é “denunciante das batotas do futebol”, diz Inácio

Augusto Inácio, antigo diretor geral do Sporting, destacou o trabalho de Rui Pinto como “denunciante das batotas do futebol português”.

O elogio foi deixado à entrada para a 12.ª sessão do julgamento do processo Football Leaks, durante a qual Inácio rejeitou qualquer impacto pessoal na sequência do acesso ao sistema informático do Sporting e posterior divulgação de documentos do clube na plataforma Football Leaks.

“Não senti nenhuma invasão, sinceramente. Se houve, não sei quem foi”, declarou o antigo dirigente do Sporting.

No email criado pelo Sporting para Inácio estava apenas correspondência “estritamente profissional”, testemunhou ainda o treinador.

Também Vicente Moura, antigo vice-presidente para as modalidades do Sporting, declarou não ter sentido qualquer impacto com a divulgação online de documentos do clube, tanto mais que não lidava com o futebol.

“Apercebi-me de que houve problemas com os emails, porque não conseguia entrar e depois deram-me outra password, mas isso passou-me completamente despercebido. Nunca tive nenhum problema”, disse o ex-dirigente.

O julgamento continua amanhã de manhã, com a audição de Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, e das testemunhas Virgílio Lopes e Pedro Almeida.

No processo, Rui Pinto, de 31 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 07 de agosto, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

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