Pep Guardiola retirou o Barcelona da corrida ao título, minutos depois de Cristiano Ronaldo ter decidido o clássico dos clássicos, no jogo grande da 35.ª jornada da liga espanhola. O Real Madrid venceu por 2-1 em Camp Nou, ampliando a vantagem da sua liderança, na derradeira oportunidade dos catalães em reentrar na corrida. Mourinho não falou, mas ouviram-se os gritos de vitória. Mais um título no seu currículo.
Cristiano Ronaldo marcou o golo decisivo do clássico entre Barcelona e Real Madrid, na Catalunha, ontem, num estádio cheio, cheio de entusiasmo, com a certeza de que a habitual supremacia do Barça em jogos com o Real se consumasse de novo.
Mas desta vez a equipa de Mourinho foi mais forte e venceu o maior dos clássicos. Quis o destino que fosse Cristiano Ronaldo a sentenciar a partida. E em vez de exultar com entusiasmo, o goleador preferiu suscitar sentimento contrário à massa adepta catalã. E foi o que sucedeu. O entusiasmo dos anfitriões morreu com aquele golo que carateriza Ronaldo: velocidade, frieza e eficácia.
O Real Madrid adiantou-se no marcador com um tento de Khedira, que aproveitou a lentidão de Puyol, incapaz de retirar a bola da pequena área. A vantagem do conjunto de Mourinho raramente esteve em perigo, na primeira parte, com exceção de um lance em que Xavi poderia ter feito melhor do que rematar para fora, com a baliza à mercê.
A equipa de José Mourinho segurou a vantagem até ao intervalo e acreditou que seria possível conseguir o mesmo na segunda, apostando na velocidade dos seus avançados para sentenciar a partira no contra-ataque. Mas quem com ferros morre, com ferros mata. O provérbio adultera-se, porque o Barcelona chegou ao empate aproveitando os mesmos lapsos da defesa de Madrid.
Alexis Sanchéz salta do banco para repor a igualdade, aos 70 minutos. As bancadas do Camp Nou acreditavam que a reviravolta seria certa, até que Ronaldo, volta a repor a vantagem, poucos minutos depois, sossegando o estádio e José Mourinho. Pep Guardiola retira a equipa da luta pelo título e congratula o Real. Mourinho regressou ao voto de silêncio, mas ouvem-se os gritos de vitória da boca do português.
