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Dia da Terra: Doodle e Quercus lembram que ambiente está em perigo, 40 anos depois

ambienteDia da Terra é assinalado hoje com um doodle, com o objetivo de chamar à atenção para os problemas do Planeta relacionados com o ambiente: a preservação da biodiversidade, à destruição da floresta, entre outros. A Quercus avisa que as metas do Dia da Terra estão por cumprir, 40 anos depois da primeira celebração.

 

O Dia da Terra nasceu a 22 de abril de 1970, com uma manifestação liderada pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, um ativista ambiental preocupado com os efeitos da ação do Homem na destruição do Planeta Terra.

Esta manifestação contou com a participação de 2000 universidades, 10 mil escolas, além de centenas de comunidades locais, que ergueram a bandeira da proteção ambientar levaram a cabo um ação de sensibilização para os problemas ambientais – mais de 40 anos depois, este dia mantém-se mais atual do que nunca.

Outro objetivo deste Dia da Terra – celebração que não é reconhecida pela Organização das Nações Unidas, mas que se recorda com um doodle – era a criação de uma agenda para o ambiente, que levasse á criação de políticas de defesa da Terra, do ambiente, da biodiversidade de espécies, do próprio ser humano.

Mais de quatro décadas depois, o Dia da Terra está longe de cumprir as suas metas. Em Portugal, de acordo com a Quercus, muitos dos projetos desenvolvidos são insustentáveis, em termos “financeiros e, sobretudo, ambientais”. Permanecem por erradicar “inúmeros maus exemplos” e continua a fúria da “construção de estradas” indiferente a “áreas ecológicas sensíveis”.

A realidade em Portugal é semelhante no mundo. Este dia provocou, na primeira vez que se celebrou e nos anos posteriores, uma enorme pressão sobre os Governos mundiais, já que a adesão em massa permitiu que o Dia da Terra extravasasse fronteiras, dada a força da causa e a realidade ambiental que está em causa.

O Governo dos EUA chegou a criar, como efeito desta ação, a Environmental Protection Agency [Agencia de Proteção Ambiental], que criou legislação de defesa do meio ambiente.

Dois anos depois do primeiro Dia da Terra, realizou-se uma conferência internacional, em Estocolmo, que transmitiu aos líderes mundiais a mensagem: é preciso tomar medidas de natureza governamental que proteja o ambiente.

Mas o Dia da Terra permanece ligado apenas a organismos ou entidades, em virtude de interesses acoplados a Governos, que sobrepõem as políticas económicas às ambientais, independentemente das primeiras porem em causa as segundas. A Terra é um meio para conquistar qualquer fim.

Por isso, este dia é uma celebração das pessoas, das organizações que não têm fins lucrativos, que olham a meios para atingir metas. E a meta desta efeméride é permitir que a Terra seja celebrada e protegida, que os seus problemas sejam lembrados.

A educação ambiental é o eixo da mensagem que este dia pretende transmitir, contra a contaminação do ar, água e solos, contra a destruição de ecossistemas, de plantas e espécies animais, a favor da proteção dos recursos, a consciência no uso dos mesmos, a defesa da floresta, dos oceanos, das espécies.

E a sobrevivência do Homem e das espécies que está em causa. E este Dia da Terra, que nasceu de um movimento universitário liderado por Gaylord Nelson – político que não está preso a qualquer interesse superior – é global. Que outros 22 de abril sirvam de alerta.

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