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Remessas dos cabo-verdianos caíram 1,1 por cento no primeiro trimestre

As remessas dos emigrantes cabo-verdianos caíram 1,1 por cento no primeiro trimestre, para 4.011 milhões de escudos (36,1 milhões de euros), segundo dados de um relatório de agosto do Banco de Cabo Verde, compilados hoje pela Lusa.

O montante destas remessas compara com os mais de 4.055 milhões de escudos (36,6 milhões de euros) do mesmo período de 2018, de acordo com dados dos relatórios estatísticos do banco central.

No primeiro trimestre de 2019, as remessas de emigrantes de Cabo Verde em França lideraram a lista, ultrapassando os 1.022 milhões de escudos (9,2 milhões de euros), seguidas das remesses desde Portugal, com 1.004 milhões de escudos (nove milhões de euros), e dos Estados Unidos da América, com 942 milhões de escudos (8,5 milhões de euros).

Em África, Angola lidera entre os países de origem das remessas dos emigrantes cabo-verdianos, com 20,7 milhões de escudos (190 mil euros), nos primeiros três meses do ano.

Em todo o ano de 2018, as remessas cabo-verdianas ultrapassaram os 19.195 milhões de escudos (173,3 milhões de escudos), uma subida de 6 por cento face a 2017, com Portugal a liderar, representando cerca de 30 por cento do total, equivalente a 5.675 milhões de escudos (51,2 milhões de euros).

Cabo Verde conta com cerca de 500.000 habitantes no arquipélago e mais de um milhão na Europa e Estados Unidos da América, estando o sistema financeiro dependente das remessas desses emigrantes.

No entanto, em entrevista à Lusa no final de julho passado, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou que o tempo é de avançar, também, para as “remessas do conhecimento”.

Explicou que já foi criado um grupo de trabalho, entre o Governo e elementos da diáspora, para tentar reforçar a colaboração dos quadros cabo-verdianos no estrangeiro para com o país.

“Para que médicos especialistas [cabo-verdianos] possam fazer intervenções aqui em Cabo Verde, possam interagir com os médicos cabo-verdianos”, disse, acrescentando que essa interação pode ser alargada a outras atividades, como o ensino superior.

“É a transformação que queremos fazer. Não só as remessas em divisas, como as remessas em conhecimentos”, enfatizou.

Acrescentou que vai avançar, ainda este ano, o novo estatuto do “investidor-emigrante”, com incentivos e benefícios fiscais, para atrair o investimento da diáspora para os setores produtivos.

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