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Redução das taxas de ocupação leva à falência hotéis e resorts angolanos — Associação

Luanda, 26 set 2019 (Lusa) – A Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) lamentou hoje a falência de muitas unidades hoteleiras do país, originada pela “brutal redução das taxas de ocupação”, apontando, no entanto, uma “considerável subida” nas taxas de Luanda.

“Trouxemos também para o debate as causas que têm levado a termos maior constrangimento neste momento e que provoca uma brutal, para não dizermos dramática, baixa de taxas de ocupação e que tem estado a levar à falência muitas das nossas unidades hoteleiras”, afirmou hoje o secretário-geral da AHARA, Ramiro Barreira.

Falando em Luanda, na abertura do 1.º Congresso Nacional de Hotelaria, Ramiro Barreira disse que a atual situação leva com que o setor registe “muito desemprego”, defendendo a necessidade de “crédito, principalmente, na reativação do setor hoteleiro”.

“Pedimos também que continuemos de mãos dadas com o executivo para encontrarmos as melhores plataformas que visem, a breve trecho, pôr Angola no caminho certo do desenvolvimento e do crescimento económico”, adiantou.

Para o líder associativo, apesar do contexto difícil, os operadores do setor sentem “alguma retoma da economia angolana” com reflexos na “melhoria considerável” das taxas de ocupação, sobretudo em Luanda, que nos últimos tempos passaram de “quase 25 por cento para 30 por cento e há hotéis que atingem os 60 por cento”.

Reconheceu que o estado caótico de muitas vias rodoviárias constitui um grande “handicap” para o crescimento do setor hoteleiro, situação que converge para que as taxas de ocupação nas unidades hoteleiras do país sejam baixas.

“Compreendemos que há algum esforço na melhoria de algumas vias e esperamos que até ao final do ano possamos ter estradas em condições”, notou.

Segundo Ramiro Barreira, “é falsa” a questão segundo a qual a qualidade dos serviços hoteleiros do país deixa a desejar e que os preços sejam exagerados, porque os “casos isolados e já identificados”, não podem sobrepor a qualidade que muitos hotéis, resorts e albergarias apresentam.

A qualidade dos serviços hoteleiros do país, energia e águas como fatores indispensáveis para o desenvolvimento da hotelaria e turismo, o financiamento ao setor, higiene e segurança alimentar são alguns dos temas em discussão no congresso que termina na sexta-feira.

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