Economia

Receitas da SIC caem 2,9 por cento até setembro para 105,3 milhões

As receitas totais da SIC recuaram 2,9 por cento até setembro, face a igual período do ano passado, para 105,3 milhões de euros, divulgou hoje o grupo Impresa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa adiantou que registou lucros de 1,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, contra prejuízos de 165 mil euros um ano antes, sendo considerado “o melhor resultado líquido” do grupo “em quatro anos, desde 2014”.

Neste período, as receitas totais da SIC recuaram 2,9 por cento para 105,3 milhões até setembro, enquanto no terceiro trimestre diminuíram 4,9 por cento para 32,5 milhões de euros.

“As contas pró-forma refletem o impacto da adoção do IFRS 15, como se ela tivesse ocorrido em 2017”, adianta o grupo.

A Impresa sublinha que as contas do terceiro trimestre são comparadas, até ao resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA), “com as contas pró-forma do período homólogo de 2017”.

Isto é, “estas foram preparadas expurgando uma estimativa dos rendimentos e gastos que seriam imputáveis ao portfólio de revistas alienado em 2018 [à Trust In News] e considerando o impacto da IFRS 15 e da IFRS 9, como se tivessem sido aplicadas em 2017”.

Nos primeiros nove meses do ano, as receitas de publicidade no segmento televisão diminuíram 1,2 por cento, face ao período homólogo, para 68,6 milhões de euros, “tendo beneficiado da realização do Campeonato do Mundo de Futebol”. Já no terceiro trimestre, “as receitas de publicidade desceram 6,1 por cento, tendo o mercado publicitário sofrido uma retração após a realização” daquele evento desportivo.

“As receitas de subscrição geradas pelos oito canais da SIC, distribuídos por cabo e satélite, em Portugal e no estrangeiro, desceram 0,7 por cento (relativo às contas pró-forma) no acumulado” até setembro, para 29,3 milhões de euros, adianta a Impresa.

A queda “ficou a dever-se, especialmente, à desvalorização do dólar norte-americano, que por sua vez penalizou os contratos estrangeiros”, enquanto no terceiro trimestre as receitas de subscrição aumentaram 1,3 por cento para 9,8 milhões de euros.

As receitas de IVR (chamadas de valor acrescentando) caíram 30,6 por cento em setembro, para 4,6 milhões de euros, “como consequência do fim de alguns programas”, sendo que no terceiro trimestre a queda foi de 28,4 por cento.

“As restantes receitas caíram 3,7 por cento para 2,8 milhões de euros” no acumulado e subiram 17,3 por cento no trimestre para 1,1 milhões de euros, aponta a empresa.

Os custos operacionais na televisão, excluindo amortizações, depreciações e perdas por imparidade em ativos não correntes, recuaram 7,7 por cento “como consequência da redução dos encargos com pessoal, da redução dos custos de programação – apesar do investimento nos jogos do Mundial e ainda da menor atividade com os IVR”, refere.

“Esta descida foi conseguida apesar do registo de 0,72 milhões de euros em custos de reestruturação”, acrescenta o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.

“A redução dos custos permitiu a expansão do EBITDA, que alcançou 13,8 milhões de euros, apesar da descida verificada nas receitas, no final de setembro de 2018, registando um aumento de 47,9 por cento”, acrescenta.

No terceiro trimestre, o EBITDA aumentou 18,7 por cento para 2,6 milhões de euros e, sem contabilizar os custos de reestruturação neste último trimestre, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações teria atingido 3,2 milhões de euros (aumento de 41,8 por cento).

Na área da Publishing, que integra o Expresso, Blitx, as novas soluções de media e a gestão comercial de propriedades digitais não detidas pela Impresa, entre outros, as receitas totais subiram 10 por cento para 18,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, enquanto no terceiro trimestre subiram 4,4 por cento.

As receitas de circulação deste segmento diminuíram 3,4 por cento para 6,9 milhões de euros, “afetadas pelo encerramento da edição em papel da revista Blitz”.

Até setembro, “o jornal Expresso manteve os valores da circulação paga, com a quebra das vendas em banca a ser compensada pelo aumento das vendas digitais. De destacar a subida do preço da capa do Expresso para 3,80 euros durante o segundo trimestre”, aponta a Impresa, que destaca “o aumento da contribuição das receitas digitais” no período, na ordem dos 21,6 por cento, em termos homólogos, representando 14,5 por cento da circulação total.

Em termos acumulados, as receitas de publicidade aumentaram 10,8 por cento, para 10 milhões de euros, com a Impresa a destacar “o forte contributo do segmento digital, registando uma subida de cerca de 63,5 por cento”.

As receitas de produtos associados aumentaram 57,6 por cento para 454 mil euros, e as outras receitas mais que duplicaram (127,6 por cento) “alavancadas pelo contributo da unidade de novas soluções de media”.

No final de setembro, “a evolução combinada de receitas e custos operacioanis, excluindo amortizações, depreciações e perdas por imparidade em ativos não correntes, resultou num EBITDA de 386 mil euros, um decréscimo de 35,8 por cento relativamente às contas pró-forma de setembro de 2017”, conclui a Impresa.

Em destaque

Subir