Bruno Magalhães acabou por não conseguir acompanhar o andamento do piloto açoriano, acabando por perder bastante tempo para o trio da frente neste último dia e ter de contentar-se com a quarta posição e ser assim o segundo melhor português.
Mas o piloto de Oeiras nunca foi incomodado por outro piloto aos comandos de um Peugeot, o jovem francês Jeremi Ancian, que se estreava na prova e que, à imagem de Moura e Magalhães beneficiou do despiste de Bernardo Moura na primeira especial da prova.
O piloto madeirense tinha encetado uma espetacular recuperação no sábado, mostrando todo o seu talento, mas na primeira passagem pelas Tronqueiras perdeu o controlo do Ford Fiesta RRC e foi parar fora de estrada. Caso contrério teria ameaçado as posições do pódio.
“Estava muito nevoeiro e quando entrei na curva alarguei a trajetória, pois parece-me que teria atingido o ponto de referência, mas como o carro ficou logo preso não foi possível continuar, mesmo sem quaisquer danos aparentes”, explicou.
“Foi pena, pois com todo o apoio que recebemos gostaria de ter-lhes dado outro prémio final. Enfrentamos um rali exigente com um carro novo no qual fizemos desde logo um bom trabalho de adaptação. E eu e o Hugo Magalhães estamos cada vez mais em sintonia”, acrescentou Bernardo Sousa, que promete regressar e tentar lutar pelo título nacional.
Beneficiado com a desistência do piloto madeirense foi também Robert Kubica, que ao abrigo do regulamento super-rali voltou à prova depois do capotanço de sábado. O polaco fez a recuperação possível aos comandos de um Citroën DS3 RRC que a sua equipa trabalhou afanosamente para recuperar dos estragos, permitindo-lhe terminar entre os seis primeiros.
“Tivemos momentos bons e maus nesta prova, e tendo em conta o que passamos com a dificuldade com as notas, a visibilidade e o piso muito escorregadio e difícil, foi uma boa experiência, pois aprendemos muito”, afirmou Kubica no final.
Mais atrás desenvolveu-se um interessante duelo pelo agrupamento de Produção, em que o italiano Alessandro Bruschetta acabou por levar a melhor, impondo os fortes argumentos do seu Subaru Impreza STi ao mais antigo Mitsubishi Lancer IX de Luís Rego.
Classificação final
1.º Jan Kopecky/Pavel Dresler (Skoda Fabia S2000) 2h6m32,2s
2.º Craig Breen/Paul Nagle (Peugeot 207 S2000) + 32,2s
3.º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Skoda Fabia S2000) + 58,8s
4.º Bruno Magalhaes/Nuno R. da Silva (Peugeot 207 S2000) + 2m37,6s
5.º Jeremi Ancian/Gilles de Turkheim (Peugeot 207 S2000) + 3m27,4s
6.º Robert Kubica/Maciek Baran (Citroen DS3 RRC) + 9m19,1s
7.º Alessandro Bruschetta/Justin Baraini (Subaru Impreza STi) + 14m57,4s
8.º Luis Rego/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX) + 16m36,0s
9.º Antonin Tlustak/Lukas Vyoral (Skoda Fabia S2000) + 17m42.1s
10.º Marco Tempestini/Dorin Pulpea (Subaru Impreza STi) + 18m10,6s
