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Prontidão militar na Rússia com exercícios próximos à Ucrânia

vladimir putinmilitar russiaO Presidente da Rússia ordenou hoje a realização de exercícios em zonas próximas à fronteira com a Ucrânia. As instruções de Vladimir Putin foram direcionadas para as unidades militares do oeste e centro, que receberam ordem para entrar em estado de prontidão de combate.

A Rússia prepara-se para uma guerra que ainda não existe. As tropas colocadas nas proximidades da fronteira com a Ucrânia, um país dividido entre a aproximação à Europa e a tradição pró-russa, receberam ordens para entrar em prontidão de combate.

“De acordo com uma ordem do Presidente da Rússia foram postas em alerta as tropas da circunscrição militar ocidental”, revelou o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, citado pela agência Interfax.

Essas tropas estão colocadas numa área que se estende até às fronteiras com a Ucrânia e, subindo para norte, até ao Ártico. A ordem de Vladimir Putin surge depois de vários países ocidentais terem apelado à Rússia para respeitar a integridade territorial da Ucrânia.

“O comandante-em-chefe ordenou a inspeção da capacidades das forças armadas para lidar com situações de crise que representem uma ameaça para a segurança militar do país, incluindo ameaças terroristas, biológicas e causadas pelo homem”, desvalorizou o ministro da Defesa.

De acordo com as autoridades russas, tratam-se de exercícios de rotina depois de inspeções recentes terem detetado várias deficiências.

“A posição da Rússia é de não-intervenção nos assuntos internos da Ucrânia”, assegurava, ontem, Serguei Shoigu.

“A liderança política e militar russa deve estar preparada para cenários diferentes”, comentou  Ruslan Pukhov, diretor do Centro para Análises e Estratégias e Tecnologias russo: “isso não significa que o país vai colocar esses meios em uso. As experiências dos últimos 20 anos mostram que devemos estar preparados para qualquer possibilidade, até para uma intervenção militar”.

Foram também colocadas em estado de prontidão de combate as forças do 2.º exército da circunscrição militar do centro e os comandos da Força Aérea, Forças Aerotransportadas, Aviação Estratégica e de Transporte.

A nomeação de um Governo interino na Ucrânia já foi comentada como “uma aberração” pelo primeiro-ministro da Rússa, Dmitri Medvedev, mas Vladimir Putin ainda não se pronunciou.

“É uma aberração considerar como legítimo um Governo que resulta de uma revolta. Será difícil trabalhar com um tal Governo”, afirmou, na segunda-feira, Medvedev.

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