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Procuradores norte-americanos pedem prisão perpétua para ataque com carro em Charlottesville

Os procuradores norte-americanos vão pedir prisão perpétua para James Alex Fields Jr, 22 anos, acusado de ter dirigido o seu carro em 2017 em direção a um protesto contra um comício neonazi e com a intenção de matar.

Os advogados de Fields argumentam pelo contrário que se trata de um jovem com um registo de problemas mentais e que merece alguma medida de clemência.

Um juiz federal decide hoje se Fields deve ser condenado a prisão perpétua ou a uma sentença menor por ter morto um manifestante antirracista e provocado ferimentos em algumas dezenas em 2017, quando deliberadamente dirigiu a alta velocidade a viatura que conduzia em direção a um grupo de manifestantes que protestavam contra um comício supremacista e nacionalista em Charlottesville, no Estado da Virgínia.

O caso agravou as tensões raciais em todo o país.

Fields declarou-se culpado de 20 dos 30 crimes federais de ódio racial num acordo estabelecido em março e que excluiu a possibilidade da pena de morte.

Os procuradores e os advogados de Fields concordaram que os regras judiciais federais apontavam para a prisão perpétua.

No entanto, e num relatório apresentado na semana passada, os advogados de Fields pedem ao juiz distrital Michael Urbanski que considere uma sentença “inferior à perpétua”.

“Nenhum castigo imposto a James pode reparar o dano que causou a dezenas de pessoas inocentes. Mas este tribunal devia considerar que as represálias têm limites”, argumentaram os seus advogados.

Em qualquer caso, Fields não tem qualquer esperança de sair da prisão.

O jovem também enfrenta em 15 de julho uma sentença num tribunal estadual pela morte da manifestante antirracista Heather Heyer e ferimentos em mais de 30 pessoas com a viatura que conduzia. Um júri recomendou prisão perpétua mais 419 dias.

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