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Primavera chuvosa impulsiona receitas da Iberdrola e EDP em 2018

Os elevados níveis de precipitação na Península Ibérica, que em março e abril atingiram o dobro da média mensal, encheram os reservatórios e potenciarão as receitas de produtores hidroelétricos como a Iberdrola e EDP, refere hoje a Moody’s.

“A Iberdrola e a EDP tirarão os maiores proveitos da melhoria das condições hídricas em termos absolutos, já que são os produtores com as maiores frotas hidroelétricas”, sustenta o vice-presidente sénior da agência de notação financeira num relatório hoje divulgado.

Segundo Niel Bisset, a recuperação da capacidade hidroelétrica das barragens da Iberdrola e da EDP, após a seca de 2017, deverá impulsionar as respetivas receitas em, respetivamente, 240 e 200 milhões de euros este ano, mais 27 por cento e 36 por cento, pela mesma ordem, do que no ano passado.

De acordo com a Moody’s, a produção hidroelétrica representa em regra entre 10 por cento e 30 por cento da produção elétrica doméstica das quatro maiores ‘utilities’ ibéricas – Iberdrola (cotada pela agência em Baa1 com perspetiva estável), Endesa Capital (Baa2 estável), Gas Natural SDG (Baa2 estável) e EDP – Energias de Portugal (Baa3 estável).

“Uma produção hidrolétrica maior dentro do ‘mix’ de geração energética em 2018, após a quebra registada em 2017, vai beneficiar as quatro empresas, apesar do efeito negativo que terá nos preços da energia devido ao aumento da produção”, refere.

Segundo a agência, a energia hidroelétrica, que tipicamente responde por até 20 por cento das necessidades de eletricidade da Península Ibérca, caiu 50 por cento em Portugal e Espanha após a seca de 2017.

No entanto, as fortes chuvas deste ano fizeram aumentar as reservas hídricas de Espanha em 50 por cento em maio deste ano face ao mesmo mês do ano passado, tendo a produção hídrica ficado “acima da média” nos primeiros cinco meses de 2018 e quase 60 por cento mais alta do que em 2017.

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