Economia

Prejuízo da TAP agrava-se para 90 milhões no primeiro semestre

A TAP registou um prejuízo de 90 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com 54 milhões negativos do período homólogo, o que é atribuído em parte ao aumento do preço dos combustíveis, anunciou hoje a companhia aérea.

“O primeiro semestre da companhia foi desafiador em função do forte aumento do preço dos combustíveis (mais 36 por cento), pela volatilidade nas moedas dos principais mercados da TAP e por irregularidades operacionais. Gastos não-recorrentes totalizaram 40 milhões de euros e tal impacto negativo contribuiu para um resultado operacional de 47 milhões de euros negativos (face a um resultado operacional de 43 milhões de euros negativos em igual período do ano anterior)”, referiu a TAP, em comunicado.

Sem estes itens não-recorrentes, “o resultado operacional teria sido 7 milhões de euros negativos (face a um resultado operacional recorrente de 59 milhões de euros negativos no primeiro semestre do ano anterior) e o prejuízo líquido teria sido 58 milhões de euros (face a prejuízo líquido de 67 milhões de euros em igual período de 2017) “, esclareceu a TAP.

As vendas aumentaram 18 por cento, sendo que a empresa destaca “os mercados português, brasileiro e norte-americano que, no conjunto, cresceram aproximadamente 15 por cento e representaram 56 por cento do total das vendas da TAP. Outros mercados que também apresentaram evoluções muito positivas face ao período homólogo do ano anterior foram a Áustria (44 por cento), a Alemanha (42 por cento), o Reino Unido (28 por cento) e Espanha (19 por cento) “. A TAP não divulgou os valores destas vendas.

A companhia aérea salientou ainda que conseguiu um “avanço significativo” na reestruturação da TAP Manutenção e Engenharia Brasil “com redução total de aproximadamente 1.000 colaboradores, o que representa praticamente metade do quadro de funcionários da subsidiária no início deste processo”, referiu o mesmo comunicado.

“Ao ajustar a capacidade da operação à procura atingiu-se uma elevada utilização que, juntamente com uma nova política comercial e diversas iniciativas de corte de custos, permitiram à subsidiária registar um lucro operacional, excluindo custos com reestruturação, de aproximadamente um milhão de euros”, salientou a TAP.

A empresa fechou ainda “acordos salariais com a maioria das classes profissionais da companhia, que também se traduziram em aumentos salariais importantes, garantindo a paz social para os próximos cinco anos”.

A TAP acredita que o segundo semestre será mais forte, tendo em conta “a contratação e formação de mais pilotos e tripulantes de cabina, bem como alterações à estrutura de planeamento de escalas e medidas para incrementar a pontualidade”. A empresa irá ainda receber novos aviões, “nomeadamente o novo A330neo, do qual a TAP será a primeira operadora mundial e que permitirá à companhia lançar mais novas rotas em breve”, salientou a TAP.

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