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Portugal é “a exceção europeia” à covid-19, elogia jornal dos EUA

O jornal norte-americano Politico traçou um rasgado elogio às medidas adotadas por Portugal para travar a pandemia, considerando mesmo que o país é “a exceção europeia” na resposta à covid-19.

O artigo, assinado por Paul Ames, salientou que a resposta nacional é ainda mais impressionante dado o envelhecimento da população e o “subfinanciamento” do Serviço Nacional de Saúde.

“As ruas estão vazias, as praias fechadas, a economia asfixiada – ainda assim, há um cauteloso otimismo quanto ao país estar a registar uma improvável vitória sobre o coronavírus”, frisou o autor.

A comparação com Espanha é inevitável: apesar do país vizinho ter uma população quatro vezes superior, Portugal tem um décimo dos casos registados ‘aqui ao lado’

A mortalidade da covid-19 em Portugal, na ordem dos três por cento,fica muito aquém dos 10 por cento de Espanha, dos 12 por cento do Reino Unido e dos 15 por cento de França.

As escolas foram encerradas quando havia 245 casos em Portugal, enquanto a mesma decisão começou a ser tomada por algumas regiões de Espanha após um total de 2140 infeções.

“É o país da UE com mais cidadãos acima dos 80 anos, tirando Itália e Grécia, com um serviço de saúde mal equipado e subfinanciado. Portugal só tem 4,2 camas nos cuidados intensivos por cada 100 mil habitantes, o registo mais baixo da UE. Espanha mais de nove por cada 100 mil, a Alemanha quase 30”, realçou o Politico.

O jornal cita um médico do PSD, o deputado Ricardo Baptista Leite: “Devido à fragilidade do nosso sistema de saída, podia ter sido pior do que em Itália e Espanha”.

Mas Portugal também teve uma grande vantagem: entrou mais tarde na guerra contra a covid-19. O primeiro caso foi registado a 2 de março, um mês depois do vírus ter aparecido em Itália e em Espanha.

“A nação mais ocidental da Europa aprendeu com os erros dos vizinhos e implementou medidas antes do vírus ganhar lanço”, salientou o Politico.

Portugal declarou o estado de emergência três dias depois de Espanha, mas com apenas um décimo dos casos (448): em Itália, foram precisos mais de 9000 casos.

O artigo enalteceu ainda a posição solidária de Rui Rio, citando o presidente do PSD: “Este é um tempo de colaboração, não de oposição”.

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