Nos EUA, um post no Facebook custou a Patrick Snay 80 mil dólares. Tudo porque a filha, Dana Snay, decidiu partilhar na rede social um acordo judicial que era… confidencial. A Escola Preparatória de Gulliver, em Miami, tinha estabelecido um entendimento com Patrick Snay, mas depois de ver a informação divulgada no Facebook alegou que foi quebrado um princípio desse acordo: a confidencialidade.

E tudo o Facebook levou. Patrick Snay é um norte-americano de 69 anos, que colocou a Escola Preparatória de Gulliver em tribunal. Snay era diretor daquele estabelecimento de ensino e alegou que foi afastado do cargo por mera discriminação, com base na idade avançada. A renovação do contrato não foi feita e Patrick avançou para as instâncias judiciais norte-americanas.

A boa notícia surgiu num sussurro. A escola aceitou pagar um valor de 10 mil dólares que estavam em atraso, somando ainda 80 mil dólares a título indemnizatório. Tudo estava acordado, mas dois erros deitaram tudo a perder.

Em primeiro lugar, Patrick Snay partilhou a boa notícia com a família, fora do Facebook, como é óbvio. A filha Dana gostou e decidiu colocar um post na rede social. “Neste verão, a Gulliver vai pagar as minhas férias na Europa”, escreveu a jovem, partilhando a notícia com os seus amigos. E eram mais de 1200.

Assim que soube deste post, a escola entendeu que estava quebrado uma das cláusulas do acordo que estabelecera com Patrick Snay: o da confidencialidade. E a verdade é que perdeu mesmo a causa.

O caso arrasta-se em tribunal, nos EUA, desde 2011, sendo que na passada semana um tribunal da Florida considerou que Patrick não respeitara, de facto, aquela cláusula, entendendo que um post no Facebook torna público um acordo confidencial (o que é óbvio).

A decisão foi agora tomada pelas instâncias judiciais. E em resumo, este ex-diretor viu um post custar-lhe 80 mil euros. E Dana Snay não teve férias pagas na Europa…