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PM Aristides Gomes satisfeito com o início da campanha eleitoral para as presidenciais na Guiné-Bissau

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, cujo Governo é reconhecido pela comunidade internacional, declarou-se hoje satisfeito com o início da campanha eleitoral para as presidenciais do próximo dia 24 e minimizou a crise política que atinge o país.

“Dizer que o Governo está satisfeito de ver que a campanha eleitoral começou e que todos os candidatos estão no terreno, a fazer campanha. É o essencial”, afirmou Aristides Gomes, à saída de um encontro com uma missão da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Bissau.

A organização, mediadora da crise política entre os líderes guineenses, enviou a Bissau uma missão ministerial, liderada pelo chefe da diplomacia do Níger, Kalla Ankourao, para se inteirar do aumento da tensão política nos últimos dias, motivado pela decisão do Presidente cessante do país e candidato às presidenciais, José Mário Vaz, de demitir o Governo de Aristides Gomes.

José Mário Vaz nomeou e deu posse a Faustino Imbali, dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), no que é visto pela esmagadora maioria da comunidade internacional como sendo uma medida ilegal.

Em relação ao encontro com a missão da CEDEAO, na presença de todos os membros do seu Governo, Aristides Gomes afirmou que a organização veio reafirmar a sua posição de condenação à medida decretada por José Mário Vaz, mas realçou que o mais importante para a sua equipa é organizar as eleições no próximo dia 24.

Gomes sublinhou ainda que não é movido pelo “puxa-puxa pelo lugar”, que a sua missão é conduzir o Governo até as eleições presidenciais e que o chefe de Estado eleito “tem todo o direito de fazer a omelete com os ovos que quiser”.

O político disse que tem agido dentro dos limites fixados pela Constituição e que espera que outros atores do país atuem da mesma forma.

Aristides Gomes disse ter uma missão que vai cumprir “com toda a determinação” e que nada irá mudar a data da realização das eleições presidenciais.

Quanto às críticas de ingerência da CEDEAO nos assuntos internos da Guiné-Bissau, feitas por partidos da oposição ao Governo, Aristides Gomes lembrou que o país “é parte da comunidade internacional” e que no passado participou nos esforços de pacificação de outros países.

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