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Peugeot quer uma boa ‘despedida’ do Dakar

A Peugeot concluiu uma sétima bateria de testes no deserto marroquino preparando a sua participação no Rali Dakar 2018. Estes ensaios serviram para determinar as afinações da nova especificação do 3008 DKR, agora ‘batizado’ de Maxi. O conceito técnico do carro mantém-se idêntico – duas rodas motrizes e um motor de 3 litros biturbo. A grande novidade são as vias, alargadas em 20 centímetros, para uma largura total de 2,40 metros, e suspensões redesenhadas.

O novo 3008 DKR foi reconfigurado com o objetivo de reforçar a estabilidade do ‘buggy’ de Sochaux nas pistas sul-africanas para a prova que arranca a 6 de janeiro e se prolonga até dia 20 do mesmo mês.

Com as modificações introduzidas no seu carro, a Peugeot pretende contrariar os planos da Toyota e da Mini, apesar do peso mínimo ter sido recalculado. O objetivo, segundo o direto da equipa da marca francesa, é repetir o êxito de 2017. “Na medida em que se irá tratar da nossa última participação no Dakar, queremos concluir este programa estimulante em bom plano. Mas, como não me canso de repetir, nada está decidido antecipadamente. O mais difícil, quando já se ganhou, é repetir a vitória”, enfatiza Bruno Famin.

A marca do leão volta a aposta nas mesmas quatro duplas com que alinhou na prova anterior – Stephane Peterhansel/Jean-Paul Cottret, Sebastien Loeb/Daniel Elena, Carlos Sainz/Lucas Cruz e Cyril Despres/David Castera. Sendo que os pilotos acreditam que as alterações introduzidas nos 3008 DKR ajudarão a sua causa face aos rivais.

“Os engenheiros da da Peugeot ultrapassaram os seus limites com a nova versão. O carro não é apenas fiável, mas também ir a todo lado sem partir. É também um regalo de conduzir. Sinto mesmo confiança para puxar por ele. Evolui, tal como Daniel e eu próprio. O Dakar é por definição imprevisível, e jogamos todas as nossas hipóteses de ganhar este ano”, afirma Sebastien Loeb.

Já para Stéphane Peterhansel a ideia é repetir o triunfo de 2017: “Depois da intensa batalhar com o Sebastien, ficou uma das melhores recordações da minha carreira O problema é que quanto mais vencemos mais queremos vencer outra vez. Este ano vai ser ainda mais especial, pois é a 40ª edição da prova e a minha 29ª participação. Será ou não a minha última, ainda está para decidir, mas para mim o Dakar é mesmo uma questão de equilíbrio, como se fosse um ritual que dura o ano inteiro. Recarregamos as baterias, preparamo-nos fisicamente e mentalmente. A tensão começa a aumentar por volta de setembro e transforma-se em pura emoção em dezembro, quando a única coisa em que pensamos é arrancar e fazer quilómetros”.

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