A morte de uma menina de 2 anos, de origem tailandesa, levou os pais a tomarem uma decisão incomum: foi congelada até ser encontrada a cura para o cancro. Médicos de profissão no Arizona, EUA, os pais acreditam que, no futuro, vão ‘ressuscitar’ a criança e devolver-lhe vida, num caso envolto em polémica. Matheryn, de origem tailandesa, está numa cama de gelo e tem o coração artificialmente ativado, para que a corrente sanguínea não pare.
A criança morreu, vítima de um cancro, aos 2 anos de vida. Mas os seus pais não aceitam esse destino e acreditam que podem recuperar a menina.
Para o efeito, decidiram congelar o corpo da menina, que passa assim a ser a pessoa mais jovem do mundo a ser sujeita a este procedimento (a mais jovem era, até agora, uma jovem de 21 anos de idade).
“Assim que a nossa filha ficou doente, surgiu a ideia de que deveríamos adotar este procedimento, ainda que pareça impossível. Fiquei dividido quanto pensámos nisto, mas precisávamos de nos agarrar à Matheryn”, realça Sahatorn Naovaratpong.
O corpo congelado de Matheryn Naovaratpong vai ser agora preservado numa unidade de congelamento do Arizona, nos Estados Unidos.
Uma empresa garante que o corpo ficará condicionado em perfeitas condições, em nitrogénio liquido, de tal forma que, quando os pais decidirem, possam submeter a menina a tratamento.
Antes de morrer, na sua luta contra o tumor cerebral, Matheryn teve de ser submetida a 12 operações e a dezenas de tratamentos de quimioterapia.
Os pais acreditam que a medicina evoluirá no sentido de criar mecanismos que permitam ‘ressuscitar’ mortos.
Para o efeito, recorreram a um seguro médico que garante os custos do congelamento do corpo.
Matheryn Naovaratpong está numa cama de gelo, desde o momento da morte. O seu coração foi artificialmente ativado, para que a corrente sanguínea distribua substâncias pelo seu corpo.
Esta empresa tem, neste momento, 120 corpos congelados, pelo mesmo motivo.