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Passos responde à moção de censura com ameaças de austeridade adicional

passoscoelho9Em dia de moção de censura do PCP ao Governo, Passos Coelho, primeiro-ministro, confirmou no Parlamento a existência de riscos à execução orçamental. Confrontado com a possibilidade de ter de somar austeridade à austeridade, Passos alertou: “Se for necessário, assim o farei”.

Durante o debate na Assembleia da República da primeira moção de censura ao executivo de Passos Coelho, a oposição comunista acusou o primeiro-ministro de ignorar a soberania nacional, em nome da austeridade. “O memorando de entendimento com a troika não é mais do que um pacto de agressão no plano político à soberania nacional”, afirmou o líder do PCP, Jerónimo de Sousa.

Relembrando a promessa de não cortar os subsídios de Natal e de Férias feita por Passos Coelho durante a campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa acusou o primeiro-ministro de “faltar à verdade e de enganar os portugueses”, pondo por isso, em causa, a sua legitimidade política.

Em resposta, Passos Coelho acusou o PCP de fazer parte de um “projeto radical de Esquerda” que nunca foi sufragado nas urnas pelos portugueses e lembrou as medidas que o atual governo tomou ao longo do último ano. Nessas medidas, ”essenciais para que as metas acordadas sejam cumpridas”, o primeiro-ministro incluiu a reforma do mercado laboral “para que mais jovens tenham emprego”, a reforma da Justiça, da Saúde “para salvar o Serviço Nacional de Saúde”, a reforma da lei das rendas e o “ambicioso programa de privatizações”.

Esta moção de censura estará, contudo, condenada ao fracasso, já que contará com os votos contra da maioria parlamentar, constituída pelos partidos que apoiam o governo (PSD/CDS), e com a abstenção socialista. O apoio à moção por parte do PCP, dos Verdes e do Bloco de Esquerda não é suficiente para atingir os 116 votos necessários para derrubar o executivo.

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