Paralímpica medalhada sabe da morte do pai antes de subir ao pódio
Quando Cátia Oliveira chegou à final do Mundial Paralímpico que se disputou em Celje, na Eslovénia, o pai sentiu-se mal. Flávio Alves, de 47 anos, morreu de ataque cardíaco enquanto a filha disputava a final. A atleta só soube da morte quando ia subir ao pódio.
Nunca uma atleta brasileira tinha chegado tão longe na prova de ténis de mesa do Mundial Paralímpico. Mas a glória de Cátia Oliveira, de 27 anos, teve um custo dramático.
Na sexta-feira, quando a filha venceu a italiana Giada Rossi na semifinal, o coração de Flávio Alves, o pai e o grande motivador da atleta, falhou.
O homem foi levado para um hospital de Cerqueira César, cidade nos arredores de São Paulo (Brasil). Ao mesmo tempo, em Celje, na Eslovénia, a filha ficava a saber que ia defrontar a número um da modalidade, a sul-coreana Su Yeon Seo, na final da classe 2 (mobilidade restrita em cadeira de rodas) de ténis de mesa do Mundial Paralímpico.
Cátia Oliveira perdeu a final e foi então informada de que o pai não tinha resistido. A alegria pelo excelente desempenho da filha provocou a morte de Flávio Alves.
A cerimónia do pódio começou com um minuto de silêncio em memória do pai da medalhada de prata, conta o Globo Esporte.
A atleta estreou-se na modalidade em 2013, anos após um acidente de viação a impedir de continuar a jogar futebol.
Conheça melhor a atleta Cátia Oliveira neste vídeo de apresentação.
https://playbuffer.com/watch_video.php?v=OMOS1WKSSDSG
