Fórmula 1

Para Alex Wurz a proteção da cabeça dos pilotos nos F1 é uma necessidade

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Alexander Wurz, ex-piloto de Fórmula 1 e dirigente da associação que os representa (GPDA), a proteção da cabeça dos pilotos nos monolugares é uma necessidade imperiosa.

O austríaco considera que os monolugares que cubram o cockpit dos carros tem de ser uma realidade já em 2017, uma vez que a segurança da Fórmula 1 tem de ser contínua e evitar tragédias recentes, como as mortes de Jules Bianchi e Justin Wilson.

Wurz lembra que mesmo há três ou quatro décadas, quando um piloto falecia de ferimentos em acidentes a segurança da modalidade evoluía, mesmo se o automobilismo é uma modalidade que sempre será acompanhada pelo perigo.

“É como a indústria da aviação, sempre à procura de reduzir os riscos. Não se pode garantir que é cem por centro seguro, mas com pesquisa e tecnologia moderna podemos reduzir as probabilidades que algo errado aconteça”, sublinha o ex-piloto da Toyota no WEC.

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Alex Wurz afirma que os pilotos se mostram recetivos a que se torne obrigatória a proteção da cabeça dos pilotos nos carros a partir do próximo ano: “Temos sempre de ser um pouco cautelosos, mas em reuniões que temos tido acho que 80 por cento dos pilotos queremos ter uma proteção sobre as nossas cabeças”.

Várias hipóteses tem sido colocadas, como o fecho completo dos ‘cockpits’ ou uma solução com pilares protetores. O dirigente da GPDA considera que a opção escolhida terá de ser aquela que menos desvantagens coloque.

“Toda a gente terá que estar de acordo. Toda a gente concorda que temos que mudar a situação. É claro que o trágico acidente de Justin Wilson nos lembrou rapidamente o que tínhamos de fazer algo, mas tivemos também o acidente de Henry Surtees e outros incidentes semelhantes. Por isso penso que talvez seja melhor não sermos críticos em colocar uma protecção nos carros”, considera Wurz.

O austríaco confidencia que do seu ponto de vista pessoal preferia ver implementados os cockpits completamente fechados. “Talvez essa seja a solução mais eficaz para evitar ferimentos na cabeça, mas também tem as suas desvantagens. Em primeiro é cara, e não pode ser implementada rapidamente em categorias inferiores. É também bastante pesada”.

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“O Halo (vários pilares) é de muito mais rápida introdução, mas protege apenas de grandes objetos, como pneus ou o ‘nariz’ de outros carros. Convém não esquecer que tivemos desenvolvimentos nos capacetes nos últimos anos, depois do acidente de Felipe Massa, que deverão proteger os pilotos no caso de pequenos objetos”, lembra Alexander Wurz.

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