“A crise não acabou”, alerta Georgios Papandreou, presidente da Internacional Socialista, responsabilizando uma “Europa demasiado conservadora”. “Os sacrifícios dos portugueses, gregos, espanhóis e italianos poderão perder-se”, antecipa o antigo primeiro-ministro grego.
A austeridade não é o caminho. Quem o disse foi o mesmo homem que, quando foi primeiro-ministro da Grécia, impôs a austeridade por terras helénicas: Georgios Papandreou. Hoje, enquanto presidente da Internacional Socialista (IS), Papandreou responsabiliza a União Europeia (UE) por não ter tido “força” para enfrentar os mercados.
“A Europa conservadora foi demasiado conservadora e acreditou na magia dos mercados. Pagamos isso hoje, ambos os nossos países”, admitiu o político grego, adjetivando a atual UE de “introvertida, medrosa, nacionalista e sem solidariedade” como “uma Europa condenada a falhar”.
“A crise não acabou. Ainda hoje, se a Europa não tomar mais medidas, os sacrifícios dos portugueses, gregos, espanhóis e italianos poderão perder-se e mais nos será exigido”, alertou Papandreou, na abertura do Conselho da IS, em Cascais, onde deixou palavras simpáticas para António José Seguro: “num país que enfrenta enormes desafios e até dor, é um líder com visão”.