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Algas marítimas: Politécnico de Leiria estuda usos medicinais e potencial de quimioterapia

sargacoAs algas marítimas têm um “potencial muito interessante” para fins medicinais. As investigações mais recentes, conduzidas pelo Politécnico de Leiria, demonstram que algumas moléculas “têm potencial para serem usadas na quimioterapia” ou contra doenças neurodegenerativas.

O Instituto Politécnico de Leiria está a colocar-se na vanguarda da investigação das algas marinhas, sobretudo quanto ao potencial para uso medicinal e terapêutico. São recursos abundantes em Portugal e que podem ser transformados em medicamentos de elevado valor acrescentado, assim como em produtos de estética.

“Já identificámos centenas de bactérias marinhas diferentes, de diferentes macroalgas, e algumas delas já revelaram ter um potencial muito interessante”, adiantou Rui Pedrosa, coordenador deste projeto iniciado em 2011. Citado pela Lusa, o investigador revelou que as algas têm sido recolhidas na costa de Peniche, no âmbito de um estudo europeu.

Os investigadores já conseguiram extrair vários compostos, quer de macroalgas, quer de bactérias, e as amplas possibilidades de aplicação têm sido a grande surpresa. Algumas moléculas estão a ser testadas como “terapêuticas específicas de doenças neurodegenerativas”, enquanto outras “têm capacidade antitumoral” e consequente “potencial para serem usadas na quimioterapia”, acrescentou Rui Pedrosa.

Outras substâncias “têm uma capacidade antibacteriana, o que quer dizer que têm potencial para o desenvolvimento de novos antibióticos, e alguns têm interesse para o desenvolvimento de antifúngicos”, reforçou o mesmo investigador.

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