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Pandemia reuniu “todas as condições” para o agravamento da obesidade

A crise económica gerada pela pandemia contribuiu para reunir “todas as condições” para o agravamento de um outro problema de saúde pública, a obesidade.

O alerta partiu de Carlos Oliveira, presidente da Associação dos Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO), a propósito do Dia Nacional de Luta contra a Obesidade, que se assinala no próximo sábado.

“Todas as condições para que a obesidade aumente estão criadas, as pessoas ficaram com menos posses, com menos dinheiro, os tratamentos estão parados”, salientou o responsável, em declarações à Lusa.

Como as pessoas têm “menos dinheiro”, recorrem a uma alimentação “menos saudável”, ao que se junta a redução da mobilidade proporcionada pelo confinamento, com “muita gente” a não fazer “exercício absolutamente nenhum”.

“A obesidade vai aumentar, mas vão aumentar também as outras doenças que vão aparecer com a obesidade” e que “vão gastar dinheiro ao Estado porque são todas comparticipadas”, reforçou o dirigente da ADEXO.
Paula Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), complementou o alerta.

“Os problemas económicos podem potencialmente agravar ainda mais o problema da obesidade, as pessoas têm menor acesso à alimentação correta”, salientou a responsável da SPEO.

Com a crise gerada pela pandemia assiste-se a “um agravamento das dificuldades económicas”, levando as pessoas a comprar alimentos “mais baratos, mas que são muito ricos em gordura, em sal e em açúcar em detrimento de uma alimentação mais correta, mais variada, com hortofrutícolas, carne, peixe”, complementou Paula Freitas.

Os dados mais recentes indicam que, em Portugal, cerca de 60 por cento das pessoas são obesas ou pré-obesas.

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