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Paco Bandeira acusado de encostar arma à cabeça da ex-companheira

paco_bandeiraPaco Bandeira responde em tribunal por diversos crimes, entre os quais ameaça com arma de fogo, num episódio de violência doméstica que terá resultado do desaparecimento de um pedaço de carne do frigorífico, segundo revela o Sol. O cantor desmente e fala de “campanha”, mas está sentado no banco dos réus, após denúncia do Ministério Público, que aponta para posse de arma proibida, maus-tratos e violência doméstica. O julgamento prossegue a 10 de janeiro, com nova sessão.

O cantor Paco Bandeira é o centro de um caso de violência doméstica, maus-tratos, ameaça com arma de fogo, entre outras acusações, com a ex-companheira e uma filha menor como vítimas, ao longo de 12 anos, entre 1997 e 2009. Alvo de diversas acusações grotestas, Paco Bandeira defende-se, negando todas as acusações e afirmando-se vítima de uma cabala.

O julgamento está em curso e tem nova sessão já no dia 10 de janeiro. Será mais um capítulo de uma história que contrasta com a imagem de um cantor romântico, cuja anterior mulher foi encontrada morta, com uma bala na cabeça, disparada pelo revólver de Paco Bandeira, em 1996, num caso de suicídio, segundo concluíram as investigações.

À morte da ex-mulher junta-se agora um novo caso, que coloca Bandeira no banco dos réus do Tribunal de Oeiras, por violência doméstica contra a companheira e maus tratos contra a filha menor, acusações às quais se junta posse de arma proibida (por licença caducada), segundo adianta o semanário Sol.

O caso surgiu após uma denúncia do Ministério Público, em 2009, feita por intermédio do Gabinete de Apoio à Vítima de Lisboa. Uma assessora desta entidade terá feito o relato de casos de violência doméstica, alegadamente praticados por Paco Bandeira.

Nessa altura, foi feita uma busca na residência do cantor, com a Polícia de Segurança Pública a apreender duas armas de fogo e também as respetivas munições. Uma dessas armas seria a que fora utilizada naquele tiro fatal, em 1996.

As testemunhas falam de um homem com dupla personalidade, que manifestava ciúme excessivo, hostilidade para com a sua ex-companheira e uma atitude de controlo e possessão. Uma dessas testemunhas relata um episódio, em 2002, que nasceu de uma banalidade (o desaparecimento de um pedaço de carne do frigorífico) e terminou com Paco Bandeira, segundo o relato, a encostar uma arma na cabeça da então companheira.

A relação entre ambos deteriorara-se, mas esse episódio foi ultrapassado, sem que tivesse sido apresentada qualquer queixa. Outro testemunho dá conta de uma alegada ordem de Paco Bandeira, para que a companheira fosse para a garagem. A mulher ignorou a ordem, o que terá suscitado a ira do cantor, com insultos e objetos arremessados.

Os contactos entre ambos passaram, desde então, a ser feitos por mensagens e contactos escritos. E Paco Bandeira terá mesmo escrito nas paredes da casa ameaças à integridade física.

A ex-companheira é caracterizada como uma pessoa normal, que se foi afastando dos amigos, por culpa dos ciúmes excessivos do cantor. Em 2009, decidem separar-se, após 12 anos de vida em comum, depois da morte da ex-mulher de Paco Bandeira.

Após a separação, as buscas da PSP e a apreensão das armas, Bandeira é constituído arguido, sendo aplicada, como medida de coação, termo de identidade e residência. Corria o ano de 2009. E em setembro de 2010, o Ministério Público deduz acusação.

O semanário Sol teve acesso ao processo e relata que Paco Bandeira desmente todas as acusações que lhe são feitas. Revela que os “relatos de insultos e ameaças são falsos”, mas admite ter escrito “mensagens nas paredes da casa”. E fala em “golpe do baú”, para caraterizar este processo.

A verdade é que o juiz do Tribunal de Oeiras decidiu avançar para julgamento, sendo que a primeira sessão decorreu a 13 de dezembro e a segunda está marcada para 10 de janeiro.

Paco Bandeira criou uma página no Facebook, para se defender do que apelida de “campanha”, apontando os jornais Sol e Correio da Manhã como responsáveis. O grupo chama-se ‘Paco Bandeira – em legítima defesa’.

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