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Os deputados têm de ser os primeiros a defender o parlamento, diz Ferro Rodrigues

O presidente da Assembleia da República alertou hoje para os movimentos que querem destruir a democracia representativa e considerou que os deputados têm de ser os primeiros a defender o parlamento, também pela sua elevação.

Eduardo Ferro Rodrigues falava durante uma sessão de apresentação de cumprimentos de boas festas ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em Lisboa, em que esteve acompanhado por representantes dos sete partidos com assento parlamentar.

“Os populismos e tudo aquilo que vem da extrema-direita coloca sempre o parlamento como alvo da sua intervenção. Tudo aquilo que permita dar cabo da imagem do parlamento e do deputado A ou do deputado B é extremamente instrumental para aqueles que querem destruir a democracia representativa, o Estado de direito e, portanto, o parlamento”, referiu.

Segundo Ferro Rodrigues, o parlamento português “está disposto a defender a democracia, sempre, a democracia representativa, o Estado de direito, a divisão de poderes democraticamente estabelecida pela Constituição” e sabe que pode “contar com o Presidente da República nesse esforço conjunto”.

“É evidente que, nesse aspeto, os deputados têm de ser os primeiros a defender o parlamento, também pela sua postura, também pela sua elevação, também pelo seu cumprimento das regras e das leis”, considerou, acrescentando: “Isso é algo por que todos nós que estamos aqui iremos continuar a bater-nos”.

“Os ares que vêm de fora não são os melhores, mas nós em Portugal saberemos bater-nos pela democracia parlamentar”, afirmou.

No que respeita às relações do parlamento com o Presidente da República, descreveu-as como “de excelência, excecionalmente boas”, considerando que, “como é óbvio, o normal é que assim continue” no próximo ano.

Ferro Rodrigues desejou ao Presidente “um ótimo Natal e um grande ano de 2019” e disse que também as suas relações com Marcelo Rebelo de Sousa são “excecionalmente positivas, com muita estima e consideração” e que neste ano pôde “constatar essa sua solidariedade em momentos difíceis” no plano pessoal.

Sem querer “fazer um discurso de fundo sobre o que é que pode vir aí”, por se estar em época festiva, o presidente da Assembleia da República deixou, contudo, uma mensagem sobre a centralidade do parlamento.

“Um parlamento livre e com capacidade de definir as suas próprias posições é absolutamente indispensável para a vida democrática”, declarou.

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