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Ol Boy morreu feliz: Com dignidade

ol boyAtenção: o vídeo contém imagens que podem ser consideradas perturbadoras

É um dos vídeos mais emocionantes para quem se preocupa com os cães vadios. As imagens são capazes de impressionar as pessoas mais sensíveis, mas a história tem um final feliz: Ol Boy morre. Final feliz, repete-se, porque o que este cão conseguiu o que quis: morrer naturalmente, com dignidade.

Ol Boy foi um cão vadio, nascido e criado nas ruas de Singapura sem nunca ter conhecido um lar. Alguns lojistas davam-lhe restos e bebia a água que pingava dos aparelhos de ar condicionado. Foi envelhecendo e, a certa altura, passou três dias imóvel: simplesmente não tinha força para se mexer.

Em agonia, o cão passou três dias deitado sobre a própria urina e excrementos, latindo por ajuda. Tresandava a carne morta e estava infestado de carraças e com vários ferimentos. Recolhido pela associação ‘Save our street dogs’, foi visto por um veterinário, o qual proferiu um diagnóstico terrível: múltiplas infeções, continência e uma elevada probabilidade de um cancro.

Os níveis de hemoglobina no sangue estavam dramaticamente baixos e a dentição estava podre. Foi sujeito a transfusões de sangue, mas ninguém teve ilusões: Ol Boy estava a morrer a um ritmo muito rápido.

Só que a experiência dos voluntários da associação e dos veterinários foi determinante para compreender que, apesar de condenado à morte, o cão tinha um último desejo: uma morte natural e num lar. Queria sentir o calor humano e o amor antes de se despedir.

Alguns voluntários não hesitaram em cumprir esse último desejo, levando-o para casa. No trajeto, passaram por uma praia que Ol Boy apreciou. Em casa, sempre que latia em desconforto, alguém aparecia para fazer companhia e acariciá-lo.

Numa madrugada, o cão que bebia água por uma seringa porque nem forças tinha para se mexer sentou-se. Eram duas horas da manhã. Bebeu água. Às quatro horas, faleceu tranquilamente. Com dignidade.

Depois de cremado, as cinzas de Ol Boy foram libertadas na praia que ele tinha apreciado. Já podia voltar a correr em liberdade.

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