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OIT mede tensão social e coloca Portugal entre os sete com maior grau de risco

Um exemplo dessas “ineficiências” está no acesso ao crédito, refere o documento: “enquanto a maioria das grandes empresas já recuperou o acesso aos mercados de capitais, as pequenas empresas persistem desproporcionalmente afectadas pelas condições de acesso ao crédito bancário. Este é um problema para a recuperação imediata do emprego e afecta as perspectivas económicas de longo prazo”.

Numa análise a 71 países, 46 apresentaram um aumento do risco de agitação social, na maioria dentro da União Europeia, onde os índices da atividade económica têm vindo a cair, por contraste com o crescimento acentuado do desemprego. Este drama é, aliás, a principal preocupação da OIT, que antecipa 207,8 milhões de desempregados em 2015, mais 38 milhões do que em 2007, antes do eclodir da crise financeira.

“Esses números apresentam uma evolução positiva em muitas partes do mundo em desenvolvimento, mas traçam um quadro preocupante em muitos países de elevado rendimento, não obstante a recuperação económica. Em alguns países europeus começa a pôr à prova o tecido económico e social”, refere o diretor-geral, Guy Ryder, num comentário ao relatório.

“Precisamos de uma recuperação global focada em empregos e investimentos produtivos, combinada com uma melhor protecção social para os grupos mais pobres e vulneráveis. E precisamos de prestar muita atenção para reduzir as desigualdades que estão aumentar em muitas partes do mundo”, complementou o responsável.

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