Portugal está em risco, alerta a Organização Internacional do Trabalho. O agravar da crise e o aumento do desemprego colocam o país como um dos sete onde a tensão social e o risco de confrontos violentos mais aumentaram, como indica o relatório do período de 2006/2007 a 2011/2012.
O agravar da crise e o aumento do desemprego na Europa levaram a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a colocar Portugal, com mais seis países europeus, na lista que mede a agitação social. No relatório hoje divulgado, alusivo ao período entre 2006/2007 e 2011/2012, a OIT aponta o aumento da tensão social e do risco de confrontos violentos em Portugal, Chipre, República Checa, Grécia, Itália, Eslovénia e Espanha.
Segundo o relatório “Recuperar o tecido económico e social”, “o risco de agitação social é mais elevado entre os países da UE-27”, onde “aumentou de 34 por cento entre 2006/07 para 46 por cento entre 2011/12”. A principal base deste agravamento é o desemprego, o que leva esta agência das Nações Unidas a recomendar aos governos europeus “uma abordagem que equilibre as metas macroeconómicas e de emprego”.
A OIT defende que essa abordagem seja a “um ritmo sustentável de medidas de consolidação orçamentária”, mas com “mais atenção ao emprego e ao impacto social das diferentes políticas macroeconómicas” e com o objetivo de “acabar rapidamente com ineficiências ainda não resolvidas no sistema financeiro”.
