Ser colonizador de Marte é considerado uma heresia para os principais responsáveis muçulmanos dos EAU. Uma ‘fatwa’ proíbe os fiéis de se candidatarem ao “Mars One”, o projeto holandês que quer colocar pessoas a viver no ‘planeta vermelho’.
O pecado não mora ao lado, mas sim lá fora, no Espaço. Nos Emirados Árabes Unidos, os muçulmanos estão proibidos de participar na colonização de Marte.
A Direção Geral de Assuntos Islâmicos e Dotação (GAIAE), a entidade que regula o comportamento islâmico nos EAU, emitiu uma ordem religiosa, a ‘fatwa’, a considerar que a colonização de Marte é equivalente ao pecado do suicídio.
Em causa está o “Mars One”, o projeto de uma empresa holandesa que quer avançar com a colonização do ‘planeta vermelho’ em 2022, ano em que devem viajar os primeiros quatro colonos.
Só que os voluntários do “Mars One” nunca mais regressarão à Terra, o que levou a GAIAE a considerar que tal aventura é um pecado. Comportando “um risco real para a vida”, a colonização de um planeta que não a Terra é equivalente ao suicídio.
O jornal Kaleej Times recorda que o suicídio é um dos mais graves pecados muçulmanos e está proibido pelo Alcorão.
Mais de 200 mil pessoas voluntariaram-se para integrar o “Mars One”, projeto que continua a selecionar os finalistas para a fase de colonização.