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O (des)governo na Educação

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Luís Nunes dos Santos

Os dias tristes e cinzentos no céu de Portugal não são só da época dos meses invernosos que agora passamos, são também o espelho e o prenúncio dos tempos de grande desequilíbrio politico do (des)governo actual. Quero portanto evidenciar o papel dos jovens que, como eu, se debatem diariamente com as atrocidades que este (des)governo tem vindo a implementar em Portugal.

A ‘juventude é o futuro’, diz muito boa gente, e é verdade, nós somos mesmo o futuro…  Agora, como jovem, peço ao actual (des)governo que pare com esta esquizofrenia experimental no ensino.

Os alunos da nossa escola pública não são, nem devem ser armas de arremesso político de qualquer governo. E parece que esta “esquerda” se está a esquecer disto. Para quem há uns dias dizia que as crianças sofriam muito com o exame de 4.º ano, quero agora perceber como vão reagir os alunos do 2.º ano?

Será correcto mudar de regras a meio do ano lectivo? Quer-me parecer que não, nem alunos nem professores então preparados para esta mudança… é abrupta, radical, sem sentido e acima de tudo não acrescenta nada à evolução intelectual do aluno.

A Educação devia estar na base da nossa cultura e devia estar preocupada em ensinar como ser um cidadão livre, responsável, e interessado no pais em que vive, no entanto, como já podemos ver e sentir na pele, o actual (des)governo, sob a égide de António Costa, perito em mudar as regras para seu próprio benefício, implica o atropelo de tudo e de todos.

Quero perguntar também (e estou convicto que o ministro da Educação mais tarde ou mais cedo se vai pronunciar sobre as suas reformas) qual o sentido de deixar de haver avaliações nacionais nos últimos anos de cada ciclo escolar?

Como vai isto tudo funcionar?… De quem foram estas ideias novas e para que servem? Está mais que visto que os alunos não serão os mais beneficiados.

Concluo com um conselho não só para o (des)governo ou para toda a sociedade civil, mas sobretudo para a Assembleia da República. Porque não se sentam todos os partidos que a compõem, juntamente com os parceiros de toda a espécie, e em vez de se confrontarem com opiniões que para muitos servem só a sua verdade, não o fazem pelo menos uma vez de forma rigorosa e cuidada, já que é do futuro do país que falamos?

Sirvam realmente Portugal ao fazerem uma reforma a longo prazo da educação. Reformas não se fazem ao decidir quando são os exames, reforma da educação é quando reformarem os conteúdos programáticos para melhor educar cada uma das nossas crianças, criar consensos a longo prazo e criar estabilidade aos nossos alunos.

Enfim, quero acreditar que o céu de Portugal fique azul de novo e o cinzento passe, tão pouco tempo deste (des)governo e nunca foi tao importante ter alguém responsável a frente do pais… ele existe e parece que incomoda mas foi mesmo ele que ganhou as eleições!

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