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Notas de 20 dólares ganham ativista antiescravatura no lugar do Presidente com escravos

A primeira mulher em mais de 100 anos a figurar numa nota do dólar é uma activista que, no século XIX, lutou contra a escravatura nos EUA. Harriet Tubman ‘desaloja’ Andrew Jackson, o antigo Presidente que era dono de escravos, na frente das notas de 20 dólares.

Até hoje, só duas mulheres ‘tiveram a honra’ de figurar na frente de uma nota: a ameríndia Pocahontas, nas notas de 20 entre 1865 e 1896, e a esposa do primeiro Presidente (George Washington), Martha Washington, nas notas de um dólar entre 1891 e 1896.

A opção de destacar Harriet Tubman tem sido elogiada por um outro motivo para além do género: é que esta ativista tornou-se conhecida por ajudar centenas de pessoas a fugirem da condição da escravatura.

Ainda por cima, quem neste momento aparece nas notas de 20 dólares é o sétimo Presidente dos EUA, que era negociante de escravos e dono de vários negros. Com este ‘castigo’, Andrew Jackson, que governou o país entre 1829 e 1837, passa para a parte de trás da mesma nota.

“Tubman foi não só uma figura histórica como um modelo de liderança e participação na nossa democracia. A sua incrível história de coragem e compromisso para com a igualdade encarna os ideais de democracia que a nossa nação celebra”, justificou Jacob Lew, o secretário do Tesouro, ao apresentar as novas notas.

Jacob Lew revelou ainda que o Tesouro desistiu de retirar o ‘pai’ do sistema financeiro norte-americano, Alexander Hamilton, das notas de dez dólares.

Nestas notas, a parte traseira vai ser ocupada por ativistas pelos direitos das mulheres, como Lucretia Mott, Sojourner Truth, Susan B Anthony, Elizabeth Cady Stanton e Alice Paul.

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