Cultura

“Não podemos acabar com o tradicional porque tem animais”, critica Victor Hugo Cardinali

“Há crianças que saem do circo e choram por não ver leões”

O tempo de quadra natalícia é marcado por diferentes tradições e, em Portugal, por exemplo, é comum levarem-se as crianças ao circo para assistirem a espetáculos de palhaços, trapezistas, malabaristas, e muito humor e música à mistura. Também as atuações de animais costumam gerar muito entusiasmo, mas as leis de proteção dos animais têm reduzido a margem para os donos dos circos.

Victor Hugo Cardinali, dono daquele que é um dos mais emblemáticos circos portugueses, esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, na TVI, e não escondeu a desilusão por conta de algumas leis que têm sido publicadas, revelando que sempre tratou os animais com “respeito”.

“Não podemos acabar com o tradicional porque tem animais porque há novas roupagens”, referiu Victor Hugo Cardinali, dizendo até que “há crianças que saem do circo e choram por não ver leões”.

O dono do circo Cardinali declarou que não percebe como é que não pode ter, por exemplo, cavalos, mas outras atividades podem continuar a ter estes animais.

“Em 2025, não poderemos ter nem leões, nem tigres, nem cavalos”, lamentou o dono de um dos circos mais mediáticos em Portugal, referindo que na vida “cada um come do que gosta”.

“Todos os países da Europa respeitam o circo. Portugal nem pensar”, rematou Victor Hugo Cardinali, depois de explicar, há uns anos, foi visitado por responsáveis do circo de Monte Carlo, no Mónaco, e estes se mostraram admirados com a qualidade do circo português.

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