É conhecida hoje a sentença da mulher desviou 252 mil euros de uma conservatório em Braga. A acusada, de 44 anos, revelou que cometeu os crimes de peculato “por amor”, para satisfazer os desejos do homem porque se apaixonara: comprar uma casa no Brasil.

A mulher que disse ter desviado 252 mil euros “por amor” vai conhecer hoje a sentença, no último capítulo do julgamento que a sentou no banco dos réus, acusada do crime de peculato, praticado entre os anos de 2007 e 2011, altura em que exerceu funções numa conservatória em Braga.

A ré, de 44 anos, confessou, durante o julgamento, que praticou os crimes de que está acusada, mas sustentou que só o fez “por amor”, segundo o Correio da Manhã. A arguida justificou que queria satisfazer os desejos do homem por quem se apaixonara. E esses desejos passariam por comprar uma residência no Brasil.

Esta segunda-ajudante numa conservatória de Braga – única funcionária no do no Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres – contraiu diversos empréstimos junto de instituições bancárias, sendo que amortizava as dívidas com o dinheiro que desviava da conservatória.

De acordo com a acusação, o valor desviado superou os 250 mil euros. Para conseguir desviar o dinheiro, a mulher fazia constar dos registos isenções que não eram válidas. No pagamento dos emolumentos, registava valores inferiores aos que cobrava, na realidade. As diferenças de verbas iam pagar à sua conta.

A descoberta do crime ocorreu quando a arguida foi de férias. A profissional que a substituiu foi confrontada com uma queixa, por parte de uma cidadã que tinha um erro na morada. Este facto levou a que o processo fosse investigado.

Agora, o Instituto dos Registos e do Notariado exige o valor que foi desviado. E a mulher aceita fazê-lo, desde que seja em prestações. Não se sabe se a compra da casa no Brasil foi efetuada.